No último mês de Outubro, as Seleções Femininas de Nova Zelândia e Austrália estiveram na América do Norte para um “mini tour”, no qual foram realizados amistosos contra equipes locais. O objetivo da excursão era preparar as equipes para futuras disputas internacionais. Ao término do período de testes, o balanço final foi regular, deixando a certeza de que ajustes devem ser feitos tanto entre as “Ferns” quanto entre as “Matildas”.
Imagem mostra a bonita bola utilizada no amistoso entre Estados Unidos e Austrália
Apesar de a seleção estadunidense nº 1 do Ranking da FIFA e atual campeã mundial e olímpica, havia a expectativa de que as equipes oceânicas conseguissem criar alguma dificuldade para o selecionado da terra do “Tio Sam”, conseguindo, num cenário ideal, ao menos, um empate.
Disputa de bola entre Morgan (branco, Estados Unidos) e Allen (amarelo, Austrália)
O primeiro amistoso foi realizado no último dia 20, em San Antonio, Texas, entre Estados Unidos e Austrália. Na equipe anfitriã, os olhares estavam voltados para Alex Morgan e Amy Wambach, que estão novamente na briga pelo posto de “Melhor do Ano” da FIFA; pelo lado australiano, a grande esperança de gols era a veterana Lisa de Vanna.
Estadunidenses (branco, foto) celebram um dos quatro gols na goleada sobre as "Matildas"
As “Matildas” até tentaram equilibrar a partida; porém, ao término dos 90 minutos, o placar final apontava uma goleada norte-americana por 4-0. Depois da partida, a treinadora holandesa Hesterine de Reus avaliou a participação da representação australiana: “nossa linha de Frente é muito perigosa: tanto que De Vanna e as demais deram muito trabalho para Hope Solo. Notei alguns erros no setor defensivo que são inadmissíveis. Perder é normal; porém, quatro gols foi demais. Agora é trabalhar e tentar melhorar para os amistosos de Novembro”. A última afirmação da treinadora refere-se aos dois amistosos contra a China, que serão disputados neste mês.
Assista aos melhores momentos do amistoso entre Estados Unidos e Austrália
Na semana seguinte, quem entrou em campo para enfrentar o time estadunidense foi a representação neozelandesa. Porém, ao invés de um encontro, o desafio foi em “dose dupla”, com partidas disputadas nos dias 27 e 31 de Outubro.
Depois da derrota para os Estados Unidos, as "Matildas" (foto) voltam suas atenções para a seleção chinesa, adversário que enfrentarão por duas vezes neste mês
No primeiro teste, o Candlestrik Park, em San Francisco, recebeu 16 mil fãs para acompanhar o amistoso entre as atuais campeãs mundiais e as “Ferns”. Durante a primeira etapa, o domínio da seleção dos EUA foi massacrante: com toques de bola precisos e objetivos, a equipe abriu uma vantagem de 3-0 antes do intervalo, deixando um grande problema para o comandante neozelandês Tony Readings consertar no vestiário.
Torcida estadunidense demonstra confiança em mais uma vitória de sua seleção antes de partida contra a Nova Zelândia
No retorno para a segunda etapa, a esquadra oceânica voltou com outra atitude, mais disposta e confiante. Após muita insistência, a Nova Zelândia descontou: Hannah Wilkinson, que havia insistido muito na etapa inicial, foi premiada com seu gol na partida. Apesar do momento de êxtase das “Ferns”, as donas da casa confirmaram sua superioridade e aumentaram a vantagem antes do apito final: Heather O’Reilly anotou o quarto tento estadunidense, dando números finais ao jogo em 4-1.
Veja os gols da vitória estadunidense sobre as "Ferns"
Passou-se quatro dias até o último compromisso das neozelandesas na terra do presidente Obama. Dessa vez, a cidade de Columbus acolheu as “Ferns”, com o público local esperando nova goleada da seleção anfitriã. Porém, neste segundo encontro, as neozelandesas, embaladas após a conquista da Valais Cup na Suíça, contrariaram as expectativas locais.
Heather O'Really (9, branco, Estados Unidos) foge de entrada ríspida de Rebekah Stott (15, preto, Nova Zelândia)
Com motivação renovada e disposta a surpreender, a seleção comandada por Tony Readings apostou em um sistema defensivo ainda mais compacto, com a responsabilidade no ataque cabendo à artilheira Hannah Wilkinson, que teve total liberdade no setor de vanguarda. Logo nos primeiros minutos, era visível a eficiência da estratégia adotada.
A valente capitã Abby Erceg (5, preto, Nova Zelândia) disputa bola com a capitã "yankee" Abby Wambach (20, branco, Estados Unidos)
Apesar dos esforços neozelandeses, as estadunidenses abriram o marcador aos 43 minutos, com Sydney Leroux. Porém, na etapa complementar, já no “apagar das luzes”, a artilheira Hannah Wilkinson comprovou seu “faro de gol” e balançou as redes “yankees”, definindo o placar final de 1-1, resultado aclamado por Readings.
Confira o VT do 2º tempo da disputa heroica entre Estados Unidos e Nova Zelândia em Columbus
Após o duelo, o comandante neozelandês ressaltou: “pude avaliar que, no primeiro confronto, o time pecou pelo excesso de ansiedade e fomos totalmente dominados pelo rival. Após a derrota, passei tranquilidade às meninas para que pudessem desenvolver seu melhor futebol e, graças a Deus, conseguimos um bom empate nesse segundo jogo, provando que não somos mais um ‘saco de pancadas’ no cenário mundial. Estamos crescendo e não queremos parar”, completou o empolgado treinador.
Fonte das Imagens: US Soccer e The Washington Post
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