“O que era doce se acabou!”: a Nova Zelândia está fora das quartas de final do Mundial Feminino sub-20. Necessitando de apenas um empate para carimbar a sua classificação, as “Ferns” não foram páreo para a seleção mexicana que, aproveitando um verdadeiro “apagão” oceânico na segunda etapa, venceu a partida com tranquilidade e ficou com a vaga.
Jimenez (6, México, preto) tenta se livrar da marcação de Loye (10, Nova Zelândia, branco). Foto: El Economista
O que parecia um
grande jogo para as neozelandesas seguiu num destino pouco provável. A posse de
bola foi oceânica na maior parte da partida, bem como as jogadas de perigo no
primeiro tempo; mas a equipe apresentava falhas no sistema defensivo, o que se
mostrou como imperdoável para uma seleção cuja escola tem como principal lema a
disciplina tática, um fator fundamental para a decisão do duelo.
Lance mostra disputa de bola entre Olivia Chance (8, branco, Nova Zelândia) e Arianna Romero (2, preto, México). Foto: Televisa
Os primeiros 45
minutos se arrastaram de tal forma que se acreditava em uma classificação da
Nova Zelândia. Seguras na sua retaguarda, as “Ferns” chegaram a explorar
algumas jogadas de contragolpe e levar perigo à meta mexicana. Porém, nada
estava garantido, ainda mais num esporte tão intrigante e fascinante como o
futebol.
A segunda etapa
se iniciou e com ela veio um “balde de água fria” no caminho das “Kiwis”: logo aos
2 minutos, após reposição errada da goleira, a bola voltou para a zaga, que
perdeu na corrida e trombou bisonhamente com a arqueira; o final dessa confusão
sórdida foi o esférico no fundo do gol neozelandês e o placar favorável à
representação mexicana.
Assista aos gols do "show" mexicano sobre as neozelandesas
O que já estava
sem sabor, ficou ainda mais amargo para as “Ferns”: aproveitando um claro
desequilíbrio psicológico de suas adversárias, as mexicanas ampliaram o
marcador com Gomez Junco aos 29 minutos, num lance em que a goleira Nayler não
saiu em direção à bola, num momento de pouca audácia.
O sonho da classificação caiu por terra com
dois golpes de misericórdia das latino-americanas, com Yamile Franco, aos 40, e
Olivia Jimenez dois minutos depois. O placar de 4-0 definiu a classificação das
mexicanas, que terminaram a 1ª Fase na vice-liderança da chave com seis pontos,
um a menos que o líder e anfitrião Japão, que goleou a Suíça pelo mesmo placar.
Tessa Berger (direita) tenta consolar Rosie White (esquerda) após a derrota neozelandesa. Foto: FIFA
Uma cena que retrata
bem o estado de espírito das atletas neozelandesas pôde ser vista após o apito
final em Kobe: Rosie White, destaque do time, convocada para a Seleção Neozelandesa
sistematicamente desde seus 14 anos (hoje ela possui 18), caiu em prantos,
sendo consolada por toda a comissão técnica. Uma das mais promissoras gerações
do Futebol Feminino vê seu sonho de entrar para a história da modalidade a
nível mundial acabar de forma melancólica mais uma vez. Resta agora a atenção
nas competições regionais que se seguirão na próxima temporada, um objetivo
muito pequeno para as emoções que essas meninas despertaram na torcida
neozelandesa.
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