domingo, 8 de dezembro de 2013

"Navy Blues" no Marrocos #1: conheça os participantes do Mundial de Clubes da FIFA 2013

  Por Gustavo Curvelo

  Inicia-se na próxima quarta-feira (11) mais uma edição do Mundial de Clubes da FIFA, torneio que conta com a presença do atual campeão da OFC Champions League, o Auckland City FC. Desta vez, os “Navy Blues” querem superar a campanha de 2009, quando conquistaram o 5º lugar, melhor desempenho da equipe azul de Auckland na história do certame. Seguindo o embalo do tricampeão da Oceania, realizaremos uma série especial de matérias denominada “Navy Blues” no Marrocos, que contará todos os detalhes da participação do representante oceânico em mais uma edição do Mundial.


Na edição de 2009, o Auckland City surpreendeu o mundo ao bater o Al Ahli, dos Emirados Árabes Unidos. Veja os gols

  Mais uma vez com 7 equipes participantes, o Mundial de Clubes da FIFA é a última competição importante do ano a nível internacional. Envolvendo os campeões continentais das 6 confederações e mais o campeão nacional do país-sede, a competição ganhou novos atrativos, que com certeza deixarão o torcedor ainda mais empolgado.


Detalhes na ilustração da taça fazem referência à cultura marroquina. Foto: Wikipedia

  Para começar, a substituição do país-sede leva o torneio para o continente africano pela primeira vez. Isso porque o Japão havia sediado a competição nas últimas duas oportunidades, mas acabou perdendo o evento para 2013 e 2014, anos em que o Marrocos será o responsável pela organização.


O belo Estádio de Agadir (foto) receberá a partida inaugural do torneio entre Raja Casablanca e Auckland City. Foto: Wikipedia

  Africanos que, por sinal, incomodam cada vez mais a hegemonia de clubes europeus e sul-americanos. O maior exemplo disto foi no ano de 2010, quando o modesto TP Mazembe, da República Democrática do Congo, surpreendeu a todos na semifinal eliminando os brasileiros do Internacional de Porto Alegre, que tiveram de se contentar com a modesta 3ª colocação. Enquanto isso, os “crocodilos” ficaram com o vice-campeonato, perdendo a final para os italianos da Internazionale.


A comemoração peculiar do folclórico goleiro Kidiaba (foto), do Mazembe, foi o símbolo da histórica vitória da equipe congolesa sobre o Internacional em 2010. Foto: RBS

  Desta vez, o continente africano terá 2 representantes. O primeiro é o Al-Ahly, clube egípcio vencedor da Liga dos Campeões da África, que figura pela 2ª vez consecutiva no certame. Em termos de campanha, o ponto alto foi na edição de 2006, quando ficou na 3ª colocação. No mesmo ano, os brasileiros do Internacional sagraram-se campeões e os espanhóis do Barcelona ficaram com a 2ª posição.


"Lenda-viva" do futebol egípcio, Aboutrika (foto) tem a missão de conduzir o Al-Ahly a uma boa campanha neste Mundial de Clubes. Foto: Fox Sports

  O outro representante é o Raja Casablanca, tradicional equipe marroquina que conquistou a vaga após ser campeã nacional. A grande vantagem das “Águias Verdes” será o apoio do seu apaixonado torcedor, que aposta em boas exibições do escrete comandado por Faouzi Benzarti.


A fanática torcida do Raja Casablanca (foto) terá a oportunidade de ver sua equipe atuando em seu país neste Mundial de Clubes. Foto: O Tempo

  Quem também está na competição e quer chegar à final pela primeira vez é o Monterrey. O clube do México realizou uma boa campanha na temporada passada, caindo para o Chelsea na semifinal e vencendo o Al-Ahly na disputa do 3º lugar. Agora, com o tricampeonato da Concachampions, o clube quer superar seu próprio feito e alcançar a melhor campanha da história de um clube mexicano no Mundial, posto que divide com o Necaxa, que terminou a edição de 2000 na 3ª colocação.


O Monterrey (azul) conquistou o tricampeonato da Concachampions ao bater o Santos Laguna (verde) na decisão. Foto: UOL

  Já na Ásia, o estreante Guangzhou Evergrande conseguiu sagrar-se campeão continental após a aposta milionária na contratação de atletas do futebol brasileiro, que envolve nomes como os de Murique e Elkeson, além do argentino Darío Conca. Não fosse suficiente, o alto investimento também ultrapassou as quatro linhas, já que o “Tigre do Sul da China” conta com os serviços do treinador Marcello Lippi, campeão da Copa do Mundo de 2006 com a Itália, que está no clube chinês desde 2012.


O Guangzhou Evergrande (foto) conquistou a Liga dos Campeões da Ásia pela primeira vez em 2013. Foto: Getty Images

  Porém, a principal disputa no Mundial certamente envolve Europa e América do Sul, que serão representadas por Bayern de Munique e Atlético Mineiro, respectivamente. Contando com o talento de Ronaldinho Gaúcho, a equipe brasileira visa enfrentar na grande decisão os comandados de Pep Guardiola, mantendo a tradição entre os continentes verificada desde o tempo em que a Intercontinental tinha status de principal competição do futebol mundial.


O Auckland City (azul) vem utilizando a ASB Premiership como preparatório para a disputa do Mundial de Clubes

  Por fim, o representante da Oceania nesta edição e que conta com a torcida da Equipe Do outro lado da Bola, o Auckland City FC. Os “Navy Blues” contam com o fijiano Roy Krishna como principal reforço. O craque do Pacífico chega ao clube para substituir o espanhol Manél Expósito, negociado no final do primeiro semestre deste ano com o KAS Eupen, da Bélgica. Os neozelandeses jogam o torneio pela 3ª vez consecutiva e veem no campeonato local, a ASB Premiership, a principal forma de preparação para a disputa.

  Tabela

  Na 1ª fase, Raja Casablanca e Auckland City jogam a partida válida pelas oitavas-de-final, restando ao perdedor a 7ª e última posição. O vencedor encara o Monterrey nas quartas-de-final, da qual o vencedor enfrentará na semifinal contra o Atlético Mineiro. Na outra chave, Guangzhou Evergrande e Al-Ahly enfrentam-se nas quartas de final, cabendo ao vencedor jogar a partida diante do Bayern de Munique na semifinal. Vale lembrar que, exceto nas oitavas-de-final, há partidas envolvendo os perdedores de cada fase. Sendo assim, serão realizados confrontos pelos postos de 3º e 5º lugar.

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