sábado, 30 de novembro de 2013

Começou a briga pelo título da ASB Premiership 2013/14!

  Por Gustavo Curvelo

  A bola finalmente rolou nos gramados neozelandeses para a disputa da ASB Premiership, o Campeonato Neozelandês. Contando com a presença de 8 equipes, o torneio começou no último dia 9, e, passadas 3 rodadas, os favoritos Waitakere United e Auckland City seguem invictos no certame juntamente com o  surpreendente Hawke’s Bay United, que fecha a lista dos 3 primeiros.


O bom time do Waitakere United (foto) é o atual tetracampeão da ASB Premiership

  Criada no ano de 2004, a ASB Premiership chega em seu 10ª edição com muitos atrativos. Entre os principais, merece destaque a já tradicional briga entre Waitakere United e Auckland City. O primeiro quer se consolidar como o maior campeão do torneio, chegando ao 6º título, enquanto que o atual campeão continental quer o 5º título do certame em sua história, igualando o rival e, de quebra, quebrando o tabu de 4 anos sem levantar o caneco.


Maksim Manko (esquerda) é uma das jovens promessas do WaiBOP United para esta ASB Premiership

  Para esta edição, o sistema adotado é o de partidas em turno e returno na 1ª fase, totalizando 14 embates por esquadra, qualificando-se à 2ª fase as 4 primeiras equipes, as quais formarão duas semifinais: 1º x 4º e 2º x 3º colocado. Deste modo, os vencedores dos confrontos estão automaticamente classificados para a Final, onde, em jogo único, será definido o campeão.


Imagem do duelo entre o novato WaiBOP United (preto) e o tradicional Canterbury United (branco), representante de Christchurch na ASB Premiership

  Sobre o campeonato, o mesmo teve 3 confrontos na 1ª rodada, na qual Hawkes Bay United e Wanderers não atuaram.  Mesmo jogando fora de casa, o Waitakere United não tomou conhecimento do Southern United e venceu por 3-0, com destaque para Richard Cardozo, que marcou duas vezes, enquanto Daniel Morgan fechou o placar.


Chris Murphy (vermelho) é um dos destaques do Canterbury United para esta temporada


  Também fora de casa, o Auckland City goleou o Team Wellington, por 4-1, com gols de Darren White, David Browne, Alex Feneridis e Mario Bilen para os visitantes; Jamie de Abreu descontou para os mandantes. Fechando a rodada inaugural, o novato WaiBOP United bateu em casa o Canterbury United por 2-1, graças aos tentos de Milos Nikolic e Maslim Malko; Dan Terris fez o tento dos “Dragões”.



Assista aos bons lances da vitória do HBU sobre o Southern United

  Já a 2ª rodada teve como característica os resultados apertados. O bom time do Hawke’s Bay United, que chegou às semifinais na última edição da ASB Premiership, venceu, com gols de Sean Lovemore e Thomas Mosquera (2), o Southern United por 3-2; Daniel Morris e Campbell Higgins fizeram para a equipe de Dunedin, que nada mais é do que a versão “reformulada” do Otago United.


Assista ao VT do triunfo do Waitakere United sobre o Team Wellington

  Em outra partida da jornada, o Waitakere United bateu o Team Wellington por 2-0, com gols de Jordan Lowdon e do artilheiro Richard Cardozo. Já o Auckland City fez o dever de casa ao passar pelo WaiBOP (formado a partir de fusão de equipes da região de Hamilton capitaneada pelo Waikato FC) por 3-1, com Roy Krishna, Adam Dickinson e David Browne indo às redes pelos azuis; Maslim Manko descontou para os visitantes.



Confira os melhores momentos da vitória do Auckland City sobre o WaiBOP United

  Protagonizando o 1º empate do campeonato, o Wanderers (formado por jogadores Sub-20 da Seleção Neozelandesa) recebeu o Canterbury United e ficou no 2-2: Scott Doney abriu o placar para os locais, que sofreram a virada graças ao tento de Federico Marquez e ao gol contra do goleiro Damian Hirst. Mas, aos 49 minutos da etapa complementar, quando tudo já parecia estar definido, Finn Cochran empatou o embate e fez a alegria dos adeptos presentes no North Harbour Stadium.



Sean Morris fez um dos gols do Hawke's Bay United no triunfo sobre o WaiBOP. Confira no vídeo acima

  A 3ª rodada não teve partidas tão disputadas como as anteriores. Merece destaque a boa vitória do Hawke’s Bay United, longe de seus domínios, sobre o WaiBOP, por 2-0, com tentos anotados por Sean Morris e Thomas Mosquera. Já os atuais tetracampeões neozelandeses não tiveram dificuldades em seu encontro: atuando em Whenuapai, o Waitakere United bateu o Wanderers por 4-1, com gols de Ian Hogg, Jake Butler, Dylan Stanfield e Jordan Morris anotando para o clube alvirrubr; Stuart Houthusen anotou o dgol de honra do penúltimo colocado.


Veja o VT da goleada do Waitakere United sobre o Wanderers SC

  Completando a 3ª rodada, o Team Wellington, com tentos de Charlie Henry e do craque salomônico Henry Fa’arodo (2), bateu o Southern United por 3-1, que chegou ao gol através de Henrique Viana. Completando a rodada, Canterbury United e Auckland City comprovaram o poder de seus sistemas defensivos não saíram do 0-0.



Mosquera fez o segundo tento do HBU contra o WaiBOP. Veja o gol no vídeo acima

  Na 4ª rodada do certame, o grande destaque é a disputa da 44ª edição do “Super City Derby” entre Auckland City e Waitakere United em Kiwitea Street. Porém, não pode ser deixada de lado a partida do invicto Hawke’s Bay United, que receberá o Team Wellington em Napier. Já o Southern United tenta seus primeiros pontos em casa no duelo contra os “Dragões” do Canterbury United. Fechando a rodada, o duelo de novatos entre Wanderers e WaiBOP pode ser a chance de recuperação para as duas equipes.

  Fonte das Imagens: Site Oficial da ASB Premiership

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Austrália e Papua Nova Guiné entram em campo durante data FIFA

  Por Gustavo Curvelo

  Em virtude das recentes datas FIFA, as seleções de Austrália e Papua Nova Guiné resolveram se aventurar contra outras seleções. No caso australiano, a seleção recebeu a Costa Rica no Estádio Allianz em jogo que marcou a estreia do novo timoneiro dos “Socceroos”, enquanto que os papuásios foram à Indonésia jogar a Media Nusantara Citra Cup, mais conhecida como MNC Cup.


Jogadores australianos (foto) perfilam-se para a execução do hino nacional de seu país no Allianz Stadium, em Sydney

  A Austrália estreava Angelos Postecoglou em seu comando técnico. O treinador grego chegava em momento conturbado na seleção. Isso porque os ‘’Socceroos’’ conquistaram uma classificação dramática para a Copa do Mundo, deixando seus adeptos preocupados. Depois, o estopim para a demissão do alemão Holger Osieck: as goleadas sofridas para Brasil e França, ambas por 6-0. Com isso, Postecoglou chegou à seleção e promoveu mudanças, com direito a surpresas na convocação para o primeiro embate em sua era. E as mudanças surtiram efeito.


Jogador do Sydney FC, Alessandro Del Piero (foto) compareceu ao Allianz Stadium para apoiar os "Socceroos" contra os "Ticos"

  Diante da Costa Rica, o selecionado entrou em campo nervoso, mas aos poucos se acertou em campo e quase chegou à abertura do placar com Mile Jedinak, aos 9 minutos. A jogada começou com escanteio pela esquerda; na continuação do lance, a defesa centro-americana afastou mal e a bola sobrou para o atleta do Crystal Palace, que foi travado na hora do chute, facilitando a defesa do goleiro adversário.


Suplentes australianos (foto) conversam de forma descontraída antes do início do amistoso contra a Costa Rica

  Com o passar do tempo, o jogo ficou com um ritmo mais morno, tendo outro lance de perigo somente aos 42 minutos. Desta vez, Robbie Kruse foi lançado pela direita e cruzou com perfeição para Mathew Leckie. Livre de marcação e já sem a presença do goleiro, o atleta chegou tarde à bola e não conseguiu tocá-la com precisão para o gol.


Jedinak (15, amarelo, Austrália) observa atentamente o remate de Campbell (12, branco, Costa Rica)

  No segundo tempo, a partida continuou equilibrada, com  leve domínio dos “Socceroos”, o qual levou os comandados de Jorge Luis Pinto a tentar surpreender nos contra-ataques. Porém, foi o quadro local quem marcou o único gol da partida, na marca dos 24 minutos.


A exemplo do uniforme utilizado na Copa de 1990, a Costa Rica entrou em campo contra a Austrália com camisas alvinegras (foto), que são uma homenagem ao Club Sport La Libertad, primeira equipe profissional do país

  Este ocorreu após cobrança de escanteio pela esquerda em direção à grande área. Livre de marcação, Tim Cahill tocou de cabeça e contou com o desvio no meio do caminho, tirando qualquer possibilidade do goleiro costarriquenho chegar à bola, que foi parar no fundo da rede: 1-0 para a Austrália.



Assista aos melhores momentos da vitória australiana na estreia de Ange Postecoglou

  A partir daí, a Costa Rica saiu mais para o jogo, mas não obteve êxito. Ao término do embate, prevaleceu o placar de 1-0 favorável aos locais, para alegria dos pouco mais de 20 mil torcedores presentes no Estádio Allianz.


A Seleção Papuásia de Futebol (foto) foi até a Indonésia disputar a MNC Cup


  Já Papua Nova Guiné resolveu se aventurar, entre os dias 21 e 24, em um torneio formado por equipes que só poderiam contar com três jogadores com idade superior a 23 anos. Ao lado dos papuásios, entraram em campo as seleções de Laos, Ilhas Maldivas e Indonésia, que teve a honra de receber todos os jogos do certame, a MNC Cup, no Gelora Bung Karno Stadium, em Jacarta, capital do país.


Confira o gol de Maldivas na vitória sobre Papua Nova Guiné

  No primeiro dia de competição, coube aos papuásios realizar a partida inaugural diante das Maldivas, e os “Kapuls” não fizeram feio e foram derrotados honrosamente. Entrando na partida como “azarão”, o time do técnico Bob Morris suportou com eficiência a pressão do escrete do sul da Ásia até os 38 minutos, quando sofreu o único gol da partida, anotado por Fasir. Vale lembrar ainda que, 6 minutos antes, o goleiro oceânico Benjamin Wilbert defendeu um pênalti. Na outra partida do dia, a Indonésia bateu Laos por 3-0.


Veja os lances da goleada da Indonésia sobre Papua Nova Guiné

  Já pela segunda rodada, Laos bateu as Maldivas na partida preliminar por 2-1, cabendo à Papua Nova Guiné a honra de disputar a segunda partida diante da anfitriã Indonésia. Desta vez, a seleção não conseguiu repetir a boa jornada da estreia, perdendo por 6-0. O destaque da partida foi Yandi, com 2 gols, enquanto que Dendi, Andik, Bayu e Beroperay deixaram sua marca uma vez cada.


Assista aos gols da decisão da MNC Cup entre Indonésia e Maldivas


  Já sem chances de título, os oceânicos encerraram sua participação contra Laos, que venceu por 3-1. O caminho para a vitória da equipe do Sudeste Asiático foi aberto com 2 gols de Khonesavanh, aos 35 e 37 minutos do primeiro tempo. Na etapa complementar, os “Kapuls” descontaram aos 31 minutos com Conn Ronald, mas sofreram o terceiro gol a 2 minutos do fim, marcado por Vilayout. Completando o torneio, a Indonésia bateu Maldivas de virada, por 2-1, e sagrou-se campeã, seguida por Maldivas, Laos, e Papua Nova Guiné, que ocuparam 2ª, 3ª e 4ª colocação, respectivamente.

domingo, 24 de novembro de 2013

Fútbol de Oceanía en Español #25: Herbert: "México fue mejor que nosotros"

  Por Jesús López

  El seleccionador de fútbol de Nueva Zelanda, Ricki Herbert, admitió que México fue un justo ganador en el repechaje intercontinental que midió a ambos países por un lugar en la Copa Mundial de la FIFA Brasil 2014™.


El entrenador neozelandés Ricki Herbert (izquierda) reconoció la superioridad de los mexicanos en los Play-offs Intercontinentales

  Los mexicanos ganaron los dos duelos, el de vuelta en Wellington por 4-2 y el de la pasada semana por 5-1 en el estadio Azteca de México DF.


Bill Tuiloma (5, blanco, Nueva Zelanda) recupera el balón de Carlos Peña (18, verde, México)

  "Lo merecieron, México fue mejor que nosotros en los dos partidos. Los seguiremos con atención (en el Mundial)", dijo Herbert, que felicitó elegantemente al Tri por su éxito.


El capitán Rafa Márquez (verde) fue destaque de los mexicanos en los Play-offs Intercontinentales

  "Hemos defendido mal y hemos fallado en el uno contra a uno. Ellos han sido mejores que nosotros, física y técnicamente", apuntó.


El desolado arquero Glen Moss (foto) fue símbolo de la derrocada de los "All Whites"

  El técnico, de 52 años, lamentó que no se haya reconocido lo suficiente la actuación de su equipo en la anterior Copa Mundial de la FIFA, en Sudáfrica en 2010, donde el equipo terminó la primera fase con tres empates, incluido un 1-1 ante Italia.


Los jugadores mexicanos (foto) celebran la clasificación al Mundial de 2014


  Con la caída de Nueva Zelanda en esta ocasión, la Confederación de Fútbol de Oceanía no tendrá representante en Brasil 2014.

  Imágenes: FIFA y Getty Images

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Nova Zelândia perde novamente e está fora da Copa do Mundo

  Por Gustavo Curvelo

  Com uma missão quase impossível, não restava alternativa à Nova Zelândia a não ser atacar. Necessitando fazer ao menos 4 gols, o time de Ricki Herbert partiu para cima do México, mas acabou dominado e derrotado mais uma vez. Com o resultado, o México está na Copa do Mundo do Brasil em 2014, enquanto que os “All Whites” verão o torneio de longe.


Jogadores mexicanos (foto) celebram a conquista da vaga na Copa do Mundo 2014

  Após o revés por 5-1 na casa do adversário, a Nova Zelândia entrou no Westpac Stadium, em Wellington, sabendo que teria que ser “cirúrgica” para alcançar o feito de participar de sua segunda Copa do Mundo consecutiva. Precisando fazer ao menos 4 gols e não sofrer nenhum, os “All Whites” até tentaram, mas logo foram envolvidos pelo jogo do escrete latino.


Bill Tuiloma (branco, Nova Zelândia) rouba a bola de Carlos Peña (verde, México)

  Ainda no início, o primeiro baque: aos 14 minutos, o artilheiro Oribe Peralta foi lançado entre dois defensores neozelandeses. Na frente do goleiro Moss, o camisa 19 teve a frieza de tocar a bola por cima do arqueiro adversário, que nada pôde fazer. O gol abalou os neozelandeses, que precisariam fazer 5 tentos para levar o embate para a prorrogação, o que se mostrou uma tarefa impossível pelo futebol apresentado.


O capitão mexicano Rafa Márquez (verde) mostra toda sua soberania ao afastar chance de gol dos "All Whites"

  Isso porque,  aos 29 minutos, o meia Miguel Layun recebeu passe em profundidade e rolou para Peralta. Livre de marcação e na frente do gol, o atacante teve apenas o trabalho de escolher o canto e marcar o segundo, dificultando ainda mais um possível “milagre neozelandês”.


Storm Roux (branco, Nova Zelândia) impede a interceptação de Carlos Peña (verde, México)

  Desolados, os  “All Whites” levaram o terceiro tento 4 minutos depois de sofrer o segundo. Desta vez, em jogada parecida com o gol anterior, Carlos Pena recebeu livre pela esquerda, e rolou para Peralta. Mais uma vez sem marcação, o atacante chegou ao seu hat-trick após tocar na saída de Moss.


O arqueiro Glen Moss (foto) mostra sua desolação ao buscar a bola no fundo das redes neozelandesas

  No segundo tempo, a seleção oceânica melhorou, mas o resultado dos esforços só apareceu nos 10 minutos restantes para o término do tempo regulamentar, quando Barbarouses fez jogada pela esquerda e cruzou para a área. Segundo o árbitro alemão Felix Brych, a bola tocou no braço do experiente Rafael Marquez, gerando pênalti para os anfitriões. Na cobrança, Chris James bateu firme e alto no canto esquerdo do goleiro Moises Muñoz, que acertou o lado, mas não chegou na bola. Três minutos depois, Rory Fallon completou cruzamento com categoria, e descontou para 3-2.


Confira os seis gols do encontro entre neozelandeses e mexicanos

  Porém, o fraco setor defensivo dos “All Whites” não se acertava, e o castigo veio na marca dos 42 minutos. Na oportunidade, Jesus Escoboza foi à linha de fundo e rolou para trás. A bola rondou a pequena área e passou por Aldo De Nigris, mas não por Carlos Peña, que bateu rasteiro no canto direito de Moss, colocando o 4-2 no placar a favor dos norte-americanos, selando a classificação do quadro asteca.


O sonho de disputar a Copa do Mundo dos "All Whites" (foto) fica para 2018!


  Agora, o selecionado mexicano aguarda o sorteio dos grupos para a Copa do Mundo, que acontece no dia 6 de dezembro, às 13h, em evento a ser realizado na Costa do Sauípe, na Bahia. O México está no Pote 2, ao lado de Japão, Irã, Coréia do Sul, Estados Unidos, Costa Rica, Honduras e Austrália, seleção que terá cobertura do Do Outro Lado da Bola durante a competição.

domingo, 17 de novembro de 2013

Ange Postecoglou convoca a Austrália pela primeira vez; conheça os nomeados e a trajetória do novo comandante dos "Socceroos"

  Por Gustavo Curvelo

  Após uma classificação dramática para a Copa do Mundo e as goleadas sofridas para Brasil e França, ambas por 6-0, a Federação Australiana de Futebol optou por demitir o alemão Holger Osieck e apostar na renovação do comando, a qual se deu por meio da contratação do ex-técnico do Melbourne Victory, Angelos Postecoglou.


Ex-zagueiro da Seleção Australiana, Ange Postecoglou (foto) será o novo comandante dos "Socceroos"

  Nascido em Atenas e naturalizado australiano, Angelos Postecoglou tem 48 anos e foi zagueiro do South Melbourne, seu único clube como atleta, entre 1984 e 1993. Em 9 anos defendendo as cores da equipe de Melbourne, o defensor anotou 19 gols em 193 partidas disputadas, sendo campeão da National Soccer League em 1984 e na temporada 1990/91.


Eis a equipe do South Melbourne campeã australiana de 1984; Ange Postecoglou é o terceiro em pé, da esquerda para a direita

  Além disso, atuou pela seleção australiana Sub-20 em 1985. Um ano mais tarde, teve a oportunidade de atuar pela seleção profissional. Contudo, o atleta jogou apenas 4 jogos com a camisa dos “Socceroos” e não conseguiu balançar as redes adversárias nenhuma vez.


Ange Postecoglou (direita) levou o South Melbourne a dois títulos australianos e a um título continental como treinador

  Em 1996, 3 anos após encerrar sua carreira nos gramados, Postecoglou teve sua primeira oportunidade de dirigir uma equipe fora dele. Coincidência ou não, o grego assumiu justamente o South Melbourne, clube no qual ficou até o ano de 2000. No comando do SM, conquistou por duas vezes a National Soccer League, nas temporadas 1997/98 e 1998/99, e uma OFC Champions League, no ano de 1999.


Ange Postecoglou (verde) comanda treino do South Melbourne no gramado do Maracanã; equipe participou do Mundial de Clubes da FIFA de 2000

  Tal retrospecto rendeu-lhe uma vaga no comando da Seleção Sub-20 australiana, na qual permaneceu por 7 anos, sendo substituído em virtude da não-classificação da equipe para o Mundial de 2007 da categoria, que aconteceu no Canadá e teve a Argentina como campeã.


O ateniense (esquerda) ficou sete anos à frente da Seleção Sub-20 da Austrália

  Depois da demissão, o comandante ficou por alguns meses na função de comentarista da Fox Sports, antes de voltar à Grécia em março de 2008. Em sua terra natal, assumiu o Panachaiki, mas pediu demissão em dezembro do mesmo ano. Retornando ao desporto australiano, Postecoglou assinou contrato com o Brisbane Roar em outubro de 2009, pedindo à imprensa tempo para avaliar seu trabalho. Isso porque, logo no início, a equipe laranja perdeu nomes de peso como Tommy Oar, Michael Zullo e Sergio van Dijk. Entretanto, na 13ª rodada da temporada, conquistou uma vitória por 4-0 diante do Adelaide United e foi muito elogiado pela mídia, que via ali o início de um grande trabalho.


À frente do Brisbane Roar, Postecoglou (centro) viveu um de seus melhores momentos como treinador

  Confirmando as boas expectativas, na temporada seguinte (2010/11), o ateniense levou o Roar ao título da Premiership e da A-League. De destaque, vale o fato de ter perdido apenas uma partida em toda a liga nacional. Além disso, chegou a ter 28 jogos de invencibilidade à frente do Roar, estabelecendo um novo recorde no futebol australiano.


Ange Postecoglou (foto) levou o Brisbane Roar ao bi-campeonato da A-League, conquistando nas duas temporadas a Premiership e a Grand Final

  Não contente com o feito, Postecoglou tornou-se o primeiro treinador a ser campeão da A-League por 4 vezes (contrabilizando dois troféus da Premiership), quando faturou novamente as duas competições na temporada seguinte. Ao todo, foram 2 anos e meio no clube, antes de transferir-se para o Melbourne Victory, onde obteve 15 vitórias, 7 empates e 10 derrotas em um período de 18 meses.


Alex Wilkinson (foto) é uma das surpresas da primeira lista de Postecoglou

  Agora, o pensamento do treinador é na seleção principal. Já tendo em mente a próxima Copa do Mundo, o comandante técnico tem seu primeiro compromisso na terça-feira (19), em embate diante da Costa Rica a ser realizado no estádio Allianz. Logo antes de seu primeiro compromisso à frente dos “Socceroos”, Postecoglou gerou polêmica em sua convocação, deixando nomes conhecidos de fora como o do lateral Luke Wilkshere, de 32 anos, que já atuou por 79 vezes com o manto australiano, e do defensor Sasa Ognenovski, de 34 anos. Por outro lado, abriu espaço para nomes como Alex Wilkinson, de 29 anos, que atua no Jeonbuk Motors, da Coréia do Sul, e fará sua estreia pela seleção.


O experiente arqueiro Mark Schwarzer (foto) anunciou sua aposentadoria da Seleção Australiana


  Porém, nada chamou mais a atenção do que a aposentadoria de Mark Schwarzer dos “Socceroos”. O goleiro de 41 anos, que atualmente defende o Chelsea, pediu para não ser mais convocado em razão de sua idade, e deixou o cargo de arqueiro da seleção em aberto. Para a primeira convocação, Postecoglou convocou Mitch Langerak, do Borussia Dortmund, e Mathew Ryan, dos belgas do Club Brugge. Nos próximos dias, o Do Outro Lado da Bola publicará um especial sobre a trajetória de Schwarzer junto à seleção.

  Confira a lista de convocados por Ange Postecoglou para o amistoso contra a Costa Rica:

  Goleiros
  Mitch Langerak (Borussia Dortmund)
  Mathew Ryan (Club Brugge)

  Defensores
  Jason Davidson (Heracles Almelo)
  Ivan Franjic (Brisbane Roar)
  Ryan McGowan (Shandong Luneng)
  Lucas Neill (Omiya Ardija)
  Rhys Williams (Middlesbrough)
  Alex Wilkinson (Jeonbuk Motors)
  Michael Zullo (Adelaide United)

  Meio-campistas:
  Oliver Bozanic (Luzern)
  Mark Bresciano (Al Garrafa)
  Tim Cahill (New Yor Red Bull)
  James Holland (Áustria Viena)
  Mile Jedinak (Crystal Palace)
  Robbie Kruse (Bayer Leverkusen)
  Matthew Leckie (FSV Frankfurt)
  Mark Milligan (Melbourne Victory)
  Matt McKay (Brisbane Roar)
  Tom Rogic (Celtic)
  Dario Vidosic (Sion)

  Atacantes
  Joshua Kennedy (Nagoia Grampus)
  Tommy Oar (Utrecht)

sábado, 16 de novembro de 2013

Nova Zelândia é goleada pelo México e sonho de participar da Copa do Mundo fica distante

  Por Rodrigo Augusto

  O aguardado dia chegou! Palco mítico do Futebol Mundial, o Estádio Azteca recebeu um grande público disposto a apoiar a irregular seleção mexicana, que vinha de altos e baixos nas Eliminatórias da Concacaf, contra os “All Whites” da Nova Zelândia, que desejavam segurar os donos da casa e garantir um bom resultado na primeira partida do Play-off Intercontinental.


A imagem do experiente Ivan Vicelich (15, centro) retrata o que foi o primeiro encontro entre México e Nova Zelândia para os "All Whites"

  Miguel Herrera, novo treinador Mexicano, gerou polêmica ao deixar de fora da convocação para os encontros decisivos os atletas astecas que atuam na Europa. Com isso, la “Tri” foi a campo com uma equipe recheada de atletas do tradicional Club América, acostumados ao campo e jogo e aos mais de 2.200 metros de altitude da Cidade do México.


O comandante mexicano Miguel Herrera (direita) surpreendeu ao convocar apenas jogadores que atuam no México para os duelos decisivos contra a Nova Zelândia

  Já o comandante neozelandês Ricki Herbert levou a campo um time bastante defensivo, com uma linha formada por três zagueiros e dois laterais; o meio-de-campo mostrava-se compacto, visando segurar o ímpeto mexicano. As bolas alçadas para Chris Wood e as jogadas de bola parada eram as principais armas do selecionado oceânico para o duelo.


Andrew Durante (22, preto, Nova Zelândia) mostra aplicação na tentativa de desarme

  Nos primeiros 30 minutos de partida, ficou evidente o domínio dos donos da casa, que partiram ferozmente contra o acuado escrete neozelandês. Mesmo demonstrando sua aplicação tática, a Nova Zelândia era vítima das jogadas ofensivas dos astecas, tendo no arqueiro Glen Moss o seu grande destaque na primeira etapa. Com boas defesas, o goleiro do Wellington Phoenix evitou um placar elástico a favor dos Mexicanos.


O capitão neozelandês Tommy Smith (5, preto, Nova Zelândia) assiste abatido a comemoração dos mexicanos

  Porém, o velho ditado “água mole em pedra dura, tanto bate até que fura” foi materializado no gramado do Azteca. Após muita insistência, o México conseguiu abrir o placar aos 31 minutos: depois de levantamento na área, o goleiro Moss e a zaga neozelandesa bobearam e Paul Aguilar desviou para o fundo da meta, para delírio da torcida alviverde.


A bola encontra o fundo das redes neozelandesas, para desespero do arqueiro Glen Moss (amarelo, Nova Zelândia)

  Em vantagem no placar, os mandantes acreditaram que poderiam aumentar o placar e assim aconteceu: 9 minutos mais tarde, após cruzamento da esquerda, houve um desvio no primeiro pau e Raul Jiménez, destaque das “Águilas” do América subiu mais alto que a zaga oceânica para cabecear e anotar o segundo tento mexicano. Com isso, a partida foi para o intervalo com duas equipes em situações opostas: enquanto os comandados de Herrera tinham certa tranquilidade no marcador, Ricki Herbert “quebrava a cabeça” com sérios defeitos a serem corrigidos nos Vestiários.


Raul Jiménez (22, verde, México) celebra seu gol ao lado de seus companheiros

  Logo no início da segunda etapa, a Nova Zelândia lançou-se ao ataque para pressionar a saída de bola dos mexicanos, deixando brechas no setor defensivo. Uma destas foi fatalmente aproveitada pelos anfitriões: após bom lançamento de Rafa Márquez, Oribe Peralta apareceu livre no meio da defensiva neozelandesa para anotar o terceiro gol dos norte-americanos.


Glen Moss (amarelo, Nova Zelândia) sai precipitadamente em lance que conta com salto acrobático de Oribe Peralta (19, verde, México)

  Em desvantagem no marcador, o comandante “kiwi” resolveu mexer no time: entraram Chris James, Marco Rojas e Rory Fallon nos lugares de Christie, Brockie e Wood, respectivamente. As alterações tinham o objetivo de congestionar ainda mais o setor intermediário, evitando as jogadas ofensivas mexicanas e propiciando o cenário ideal para um contra-ataque dos “All Whites”. Porém, o resultado não foi o esperado pelos oceânicos.


Com dois gols, Oribe Peralta (19, verde, México) foi o grande destaque do selecionado asteca no triunfo sobre a Nova Zelândia (preto)

  Mesmo diminuindo o ritmo, o selecionado asteca encontrou novamente o caminho das redes: aos 35 minutos, Oribe Peralta recebeu cruzamento da ponta esquerda e cabeceou soberano no canto de Moss, que nada pôde fazer. Quatro minutos depois, aproveitando o “mapa da mina” das jogadas aéreas, os mexicanos chegaram ao quinto tento, por meio do experiente capitão Rafa Márquez.


O experiente capitão mexicano Rafa Márquez (4, verde, centro) anotou o quinto tento de sua seleção

  Perdida em campo, a Nova Zelândia já se despedida de suas chances para ir ao Mundial quando, num lance de valor mais honorífico do que prático, Chris James aproveitou um dos raros lances de ataque dos “All Whites” e, com um disparo certeiro, diminuiu o placar para os oceânicos, decretando o placar final de 5-1 favoráveis aos locais.


Assista aos gols da goleada mexicana sobre os "All Whites"




  O placar da primeira partida praticamente elimina qualquer chance de classificação do selecionado neozelandês para a Copa do Mundo. Necessitando de um milagre e da realização da maior atuação de sua história para ficar com a vaga, a Nova Zelândia recebe o México na próxima quarta-feira em Wellington, precisando vencer por quatro gols de diferença para sonhar com um posto na Copa do Mundo de 2014. A partida que fecha um ciclo de quatro anos sem resultados expressivos dos “All Whites”, ocorrerá às 4h (horário de Brasília).

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Fútbol de Oceanía en Español #24: Herbert: "Percibo un México vulnerable"

  Por Jesús López

  El seleccionador de Nueva Zelanda, Ricki Herbert, destacó la "vulnerabilidad" del equipo mexicano y "las dudas" de sus jugadores en referencia a su próximo choque con el Tri en la repesca por un billete a la Copa Mundial de la FIFA Brasil 2014™.


El entrenador neozelandés Ricki Herbert (foto) destacó la "vulnerabilidad" del equipo mexicano

  "Es un gran equipo y en un buen día puede derrotar a cualquier equipo ante su público", destacó el técnico en una emisora de radio de su país. Pero he percibido vulnerabilidad, nerviosismo y dudas entre los jugadores mexicanos", agregó Herbert, quien recordó que el equipo americano sólo ha ganado dos de sus seis últimos partidos.


Los neozelandeses enfrentarán a los mexicanos comandados por Miguel Herrera (foto), nuevo entrenador de los "aztecas"

  El seleccionador neozelandés cree incluso que jugar el partido de ida, el 13 de noviembre, en el Estadio Azteca ante 105.000 espectadores podría ser una ventaja para su equipo. "No estoy seguro de que (los jugadores mexicanos) puedan soportar la presión si el ambiente se vuelve hostil cuando lo que se espera de ellos es que ganen", dijo.


Herbert cree que el Estadio Azteca (foto) puede se convertir un ambiente hostil a los mexicanos

  México, ganador del Torneo Olímpico de Fútbol Londres 2012, y que ha participado en todos los mundiales desde 1994, disputará el repechaje ante Nueva Zelanda con Miguel Herrera en el banquillo, el cuarto seleccionador en dos meses. El Tri logró con mucho sufrimiento la cuarta plaza de la zona Concacaf, gracias al triunfo en el añadido de Estados Unidos contra Panamá, sinónimo de tener que ganarse el billete a Brasil 2014 en un repechaje contra el campeón de Oceanía.


Este es la selección neozelandesa que disputó el primer Mundial de la historia del fútbol del país, en España 1982


  Nueva Zelanda ha participado en dos Mundiales (1982 y 2010). En Sudáfrica, los All Whites, ya entrenados por Herbert, no perdieron ningún partido, pero quedaron eliminados en la fase de grupos tras tres empates.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Nova Zelândia está pronta para a batalha no Estádio Azteca!

  Por Rodrigo Augusto

  A Nova Zelândia já está pronta para a disputa de sua partida mais importante em quatro anos. A partir desta quarta-feira, os “All Whites” decidirão se participarão da Copa do Mundo de 2014 no Brasil ou se o sonho de participar de mais um Mundial ficará para a Rússia em 2018.


O comandante Ricki Herbert (foto) definiu os 23 guerreiros que representarão a Nova Zelândia no Play-off Intercontinental

  Os 23 jogadores encarregados de levar no peito o símbolo da samambaia terão uma árdua missão na Repescagem Intercontinental, na qual o adversário será a tradicional seleção mexicana. Os latinos mudaram seu comandante recentemente: Miguel Herrera assumiu o comando do banco de reservas mexicanos e, numa decisão polêmica, convocou apenas jogadores que atuam no futebol mexicano para os dois duelos, deixando de fora as estrelas do futebol europeu.


Recém-empossado como técnico da seleção mexicana, Miguel Herrera (foto) polemizou ao convocar apenas jogadores que atuam no futebol asteca para o Play-off Intercontinental

  Pelo lado dos “All Whites”, a lista dos convocados já estava definida. Porém, a lesão no tornozelo do capitão e “xerife” da zaga Winston Reid em um treinamento pelo seu atual clube, o West Ham, tirou o atleta dos confrontos decisivos. Chris Killen e Tim Payne, por problemas de lesão, também desfalcarão a esquadra neozelandesa.


O capitão neozelandês Winston Reid (foto) desfalcará os "All Whites" nas partidas contra o México

  A grande novidade da lista definitiva de Ricki Herbert foi Storm Roux. Jogador do Central Coast Mariners, o atleta de apenas 20 anos não vinha sendo convocado nos últimos jogos da seleção, mas terá a responsabilidade de defender os “All Whites” nos embates contra os mexicanos.


Storm Roux (foto) foi a grande surpresa da lista de Ricki Herbert

  A programação neozelandesa já está definida. Como o primeiro jogo do Play-Off será em solo mexicano, o elenco se reuniu recentemente em Auckland juntamente com a comissão técnica. De lá, partiram rumo à América do Norte, onde fizeram uma escala em Los Angeles no último sábado (9). Após o período de adaptação ao fuso horário em território estadunidense, a delegação seguiu para a Cidade do México, onde enfrentará, além da seleção local, a pressão da torcida mexicana, que promete preencher todos os 105 mil lugares do místico Estádio Azteca nesta quarta-feira.


O místico Estádio Azteca (foto) sediará o encontro entre México e Nova Zelândia

  Antes da viagem, Herbert comentou suas expectativas para a primeira partida: “Serão dois duelos muito complicados. Observamos o VT do amistoso deles contra a Finlândia e creio que vão nos atacar intensamente jogando em sua casa. Para isso, devemos demonstrar experiência, semelhante ao que fizemos na Repescagem contra o Bahrein em 2010, para chegarmos ao jogo de volta, em Wellington, com chances de conseguir um bom resultado e cumprir nosso papel sem que soframos muito”.


Atacante do St. Johnstone, da Escócia, Rory Fallon (foto) é uma das esperanças de gols dos "All Whites" nos encontros contra o México


  A partida de ida está programada para a próxima quarta-feira, às 18h30 (Horário de Brasília); já o duelo que decidirá o destino dos “All Whites” será disputado uma semana depois (20), às 4h (Horário de Brasília), em Wellington.

  Veja abaixo a lista de convocados por Ricki Herbert para a disputa do Play-off Intercontinental:

Goleiros:
Glen Moss (Wellington Phoenix-AUS)
Jacob Spoonley (Wellington Phoenix-AUS)
Tamati Williams (Auckland City-NZL)

Zagueiros e Laterais:
Andrew Durante (Wellington Phoenix-AUS)
Tony Lochhead (sem clube)
Storm Roux (Central Coast Mariners-AUS)
Ben Sigmund (Wellington Phoenix-AUS)
Tommy Smith (Ipswich Town FC-ING)
Bill Tuiloma (Olympique de Marselha-FRA)
Ivan Vicelich (Auckland City-NZL)

Volantes e Meias:
Aaron Clapham (Canterbury United-NZL)
Craig Henderson (Mjallby Aif-SUE)
Chris James (Kuopion Palloseura-FIN)
Michael McGlinchey (Central Coast Mariners-AUS)
Jeremy Christie (sem clube)
Leo Bertos (Wellington Phoenix-AUS)
Kosta Barbarouses (Melbourne Victory-AUS)

Atacantes:
Jeremy Brockie (Wellington Phoenix-AUS)
Rory Fallon (Saint Johnstone-ESC)
Marco Rojas (Vfb Sttutgart-ALE)
Chris Wood (Leicester City-ING)
Shane Smeltz (Perth Glory-AUS)

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Tuvalu na Holanda #3: tuvaluanos encerram tour pela Europa com vitórias dentro e fora das quatro linhas

  Por Gustavo Curvelo

  Durante os três últimos meses, a seleção nacional de Tuvalu realizou uma excursão à Holanda com o objetivo de obter mais experiência na prática do futebol. Após um primeiro mês de muitas goleadas sofridas, a seleção conseguiu se acertar em campo, vencer a timidez e conquistar duas vitórias no mês de setembro. Porém, a verdadeira satisfação veio somente em outubro, cujo desempenho é o tema deste 3º e último capítulo da série “Tuvalu na Holanda”.


Jogadores tuvaluanos (azul e verde) perfilam-se para a execução do hino nacional tuvaluano antes de partida amistosa

  Ao recapitular a situação de Tuvalu mostrada na 2ª matéria da série, vemos que a Seleção Tuvaluana vinha de 2 derrotas para Ysselstein e Baarlo por 3-0 e 9-2, respectivamente. Porém, o dia 12 de Outubro mudou a situação dos “celestes”: o motivo foi a incrível vitória sobre o Tolgelre por 9-1, na partida que marcou a primeira goleada tuvaluana em solo europeu.


Assista à matéria feita por uma TV holandesa sobre o confronto entre Tuvalu e Tolgelre

  Após a goleada, os atletas oceânicos ganharam uma folga no dia seguinte. O dia de descanso foi aproveitado pela comissão técnica oceânica com uma visita ao IJssportcentrum Eindhoven, tradicional recinto do hóquei sobre o gelo na Holanda. Na oportunidade, alguns atletas até experimentaram testar suas habilidades sobre o gelo em uma partida amistosa, mas não tiveram muito sucesso.


Confira o vídeo da incrível recepção feita aos tuvaluanos em Urk

  Voltando à sua especialidade, o futebol, o escrete comandado por Leen Looijen retornou ao campo no dia 16, sofrendo mais uma goleada na ocasião. Desta vez, o adversário foi o Orion Nijmegen, que venceu o confronto pelo placar de 6-1. No dia seguinte, os atletas conheceram Urk, a capital neerlandesa da pesca. Lá, disputaram uma partida diante do clube local, o SV Urk, que venceu a esquadra do Pacífico por 2-0.


Jogadores e comissão técnica de Tuvalu (laranja) posam para foto em Urk, a capital neerlandesa da pesca

  Após estas duas derrotas, o time descansou por uma semana. Após o período de reestabelecimento da condição física, para que, juntamente com a fadiga muscular, a sina de derrotas abandou o esquadrão tuvaluano. Afinal, no dia 24, a equipe mediu forças diante do time Sub-18 do Ysselstein e se deu bem: vitória por 5-0. Dois dias depois, os embalados tuvaluanos conquistaram outra vitória, desta vez diante do VV Elsendorp, por 2-0. Os gols foram marcados por Alopua, de pênalti, ainda na primeira etapa, e Eric, já nos 45 minutos finais.



Em Nijmegen, os jogadores tuvaluanos realizaram uma curiosa partida amistosa contra crianças locais; confira os detalhes no vídeo acima

  Por fim, o último amistoso ocorreu no dia 29, quando os comandados de Leen Looijen conquistaram sua terceira vitória consecutiva: um 3-2 sobre o Brabantia. Dias após a partida, os atletas foram até Paris, na França, e Bruxelas, na Bélgica, retornando para a Holanda no dia 4, com a finalidade de enfrentar o Wilhelmina 08 um dia depois. Porém, a partida foi cancelada em razão das condições meteorológicas adversas, Dessa forma, a histórica excursão futebolística de Tuvalu pela Europa estava encerrada.

Jogadores tuvaluanos (acima) estiveram presentes em escolas holandesas para explicar sobre o risco de desaparecimento que seu país corre com o aquecimento global


  Somando os três meses em que esteve nos Países Baixos e região, Tuvalu realizou 19 partidas, 4 a menos que o previsto no planejamento inicial. Em termos de resultados, a seleção conquistou 6 vitórias, 1 empate e foi derrotada por 12 vezes, ostentando um aproveitamento de 33,3%. Independentemente dos resultados obtidos, fica a certeza de que a experiência vivida por esses atletas é algo inédito e surreal, figurando eternamente na história do desporto tuvaluano.

  Fonte das Imagens: Tuvalu National Football Association