domingo, 29 de junho de 2014

Havaí: confira um resumo com as principais competições da Liga de Oahu em 2013/14!

  Por Carlos Santos

  Chegou ao fim no último mês mais uma Temporada da Liga de Oahu, a principal competição esportiva do futebol haviano. Começamos nosso giro pela divisão principal de Oahu, que inicialmente contou com 10 clubes em busca do título; porém, após onze rodadas, o Kahekili desistiu da disputa. Após 17 emocionantes jornadas, o tradicional Lanikai Tuesday confirmou seu favoritismo e terminou na liderança do campeonato, com a incrível marca de 16 vitórias e apenas um empate, conquistando a "Taça Sullivan" (prêmio dado ao campeão da Temporada Regular). Ao lado do HSC Bulls, a equipe verde-negra conseguiu a vaga direta nas semifinais.


Lance do duelo entre HSC Bulls (cinza) e Faded Premier (azul)

  Com a desistência o Kahekili foi automaticamente rebaixado para a 2ª Divisão; outro que não fez uma boa campanha e perdeu seu posto na elite é o Faded Premier, que terá o acesso como principal meta na próxima temporada. Nos play-offs que antecederam as semifinais, Dawgs e Kamikaze conseguiram a classificação ao eliminar Bulls Juniors (2-0) e Rush Latin (1-2), respectivamente.


Bela paisagem durante o encontro entre Waipio (verde) e Dawgs (laranja)

  Nas semifinais, o Lanikai Tuesday sofreu, mas venceu o valente Kamikaze pela contagem mínima, conseguindo um posto na decisão do futebol de Oahu; na outra semifinal, o HSC Bulls, que havia somado 38 pontos na fase inicial, foi surpreendido pelo Dawgs e acabou batido por 2-1, perdendo a chance de conquistar o principal título do futebol havaiano.


As belas paisagens são típicas no futebol haviano

  Na grande decisão, as duas equipes entraram em campo com retrospectos bem diferentes: enquanto o tradicional Tuesday chegava à 19ª final em sua história, sendo a 4º consecutiva na Liga de Oahu, sonhando com o tricampeonato, o Dawgs debutava em decisões, sonhando com a conquista do título inédito.


Eis o elenco do Lanikai Tuesday (foto), campeão da 1ª Divisão da Liga de Oahu

  Nos 90 minutos da decisão, não faltaram emoções e, após um duelo muito equilibrado, Lanikai Tuesday e Dawgs ficaram no 1-1; dessa maneira, o campeão havaiano foi conhecido numa infartante disputa de pênaltis. Após 9 cobranças, o Lanikai Tuesday confirmou o favoritismo e venceu por 5-3, conquistando o título máximo do futebol de Oahu pela 12ª vez em sua história. A artilharia do certame também ficou com os verde-negros: Duke Hashimoto foi o "Pichichi" da Liga, com 20 gols.


Duke Hashimoto (esquerda) foi o grande artilheiro da 1ª Divisão, com 20 gols

  Já na Divisão de Acesso, 10 times sonhavam com o tão ansiado posto na 1ª Divisão de 2014/15. Na fase de classificação, o tradicional International teve a melhor campanha, com 42 pontos em 18 jogos, conquistando a versão "prateada" da "Taça Sullivan" e conseguindo, ao lado do Watson Properties, um posto direto nas semifinais. Na outra ponta da tabela, Rush Latin e Kaka'ako United foram rebaixados para a 3ª Divisão.


Eis o show de imagens da 2ª Divisão Havaiana

  Na fase dos play-offs, que precedem as semifinais, o Hawaii Rush goleou o Boca Honolulu por 6-0 e prosseguiu na luta pelo acesso; no outro duelo, bem mais equilibrado, o Ronis bateu o Phoenix Holokahi por 3-2, seguindo vivo na disputa.


Goleiro se arrisca durante duelo da 2ª Divisão Havaiana

  Nas semifinais, o International, dono da melhor campanha do certame, bateu o Rush Latin por 3-1 e assegurou um posto na decisão; já o Ronins surpreendeu o Watson Properties, vencendo o duelo longe de seus domínios por 2-0. Na grande decisão, o International, formado por imigrantes japoneses, confirmou seu favoritismo, vencendo o Ronins por 2-0 e assegurando o título e o retorno à elite do futebol de Oahu. A artilharia do certame ficou com Dyrk Teramae, do Boca Honolulu, que balançou as redes rivais em 20 ocasiões.


O bom time do International (foto), formado por imigrantes japoneses, foi o grande campeão da 2ª Divisão de Oahu

  Pela terceira e última divisão de Oahu, apenas 7 times (Lanikai Thursday, Stoked, Undertown, Shoguns, Boca West, Gunners e Team XI) estavam na disputa. Após 18 rodadas, o Lanikai Thursday obteve a "Taça Sullivan" com a impressionante marca de 16 vitórias, um empate e apenas uma derrota em 18 jogos, totalizando 49 pontos.

Stoked (branco) e Boca West (laranja) se enfrentam pela 3ª Divisão de Oahu 

  Na fase semifinal, o Lanikai Thursday obteve uma vitória pelo placar mínimo sobre o Shoguns e classificou-se para a grande decisão; o outro finalista saiu do duelo entre Stoked e Undertown, no qual o primeiro saiu vitorioso, novamente pela contagem mínima. Na grande decisão, o duelo entre Thursday e Stoked foi equilibrado e teve um final surpreendente: com uma vitória por 1-0, o Stoked garantiu o título e o acesso à 2ª Divisão. A artilharia do certame foi de Sebastian Schaeffer, do Gunners, com 17 gols.

Time do Stoked, campeão da 3ª Divisão de Oahu, posa para foto

  A segunda maior competição de Oahu é a Copa Robledo, que reúne todos os participantes das três divisões locais. Após a disputa de grupos entre as equipes de escalões inferiores, Watson Properties, Waipio, Vaiete, Stoked, Phoenix Holokahi, Faded Premier, Rush Real, Boca Honolulu e Kap Park uniram-se às sete melhores equipes da última temporada (Dawgs, HSC Bulls, Aloha Amazon, Lanikai Tuesday, Rush Latin, Kamizake e Bulls Juniors).


As partidas decisivas do futebol havaiano são disputadas no belo Waipio Stadium (foto)

  Nas oitavas-de-final, na qual os participantes ganham um prêmio de 50 dólares, o Lanikai Tuesday não teve dificuldades e goleou o Kap Park por 6-1; em outra partida com placar elástico, o Watson Properties venceu o Vaiete por 4-0. O primeiro empate da série foi entre Kamizake e Boca Honolulu, que não saíram do 0-0; nos pênaltis, melhor para o Boca Honolulu, que venceu por 4-3. O Dawgs garantiu sua vaga ao bater o Waipio por 3-0; já o HSC Bulls não tomou conhecimento do Stoked, campeão da 3ª Divisão, despachando os rivais por impiedosos 9-0. Fecharam a fase: Aloha Amazon (4) 0-0 (3) Phoenix, Bulls Juniors 3-0 Rush Real, Rush Latin 7-2 Faded Premier.


Eis o belo troféu da Copa Robledo (foto), a segunda principal competição do futebol havaiano

  Já na fase de quartas-de-final, na qual os participantes ganham 100 dólares como premiação, o Lanikai Tuesday, apesar de não repetir a boa atuação das oitavas, bateu o Watson Properties por 2-0. Já o Dawgs, em um duelo equilibrado contra o Boca Honolulu, venceu por 3-2. Apesar do placar magro de 1-0, o HSC Bulls eliminou o Aloha Amazon e alcançou as semifinais. No último jogo da fase, o Bulls Juniors não esteve presente para o duelo contra o Rush Latin, que se classificou por W.O..


O goleiro brasileiro Guilherme Aires (amarelo) garante a classificação do Aloha Amazon em disputa de pênaltis com o Phoenix

  Nas semifinais, Lanikai Tuesday e Dawgs entram em campo buscando uma vaga na final. Durante os 90 minutos, empate por 1-1; porém, nos pênaltis, a exemplo do que ocorreu na 1ª Divisão, vitória verde-negra por 4-1; já o HSC Bulls fez o suficiente para bater o Rush Latin por 1-0 e chegar à grande decisão da Copa Robledo.


Elenco do Lanikai Tuesday (foto) posa ao lado do troféu da Copa Robledo

  Na grande decisão, o HSC Bulls, maior vencedor da Copa Robledo com oito conquistas, tentava seu nono título na disputa de sua décima final; do outro lado, o poderoso Lanikai Tuesday, multicampeão da Liga de Oahu, não gozava de um bom histórico na Copa, tendo apenas uma conquista em sua galeria. Após 90 minutos de muita disputa, o Tuesday confirmou sua hegemonia no futebol de Oahu ao bater o Bulls por 3-2 e garantir o caneco e o prêmio de 250 dólares. A artilharia do certame foi de Michael Werdirn, do Watson Properties, autor de 6 gols.

  Fonte das Imagens: MISO

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Já sem chances de classificação, Austrália despede-se da Copa do Mundo com derrota para a Espanha

  Por Rodrigo Augusto

  Encerrou-se na última segunda-feira mais uma participação de um país da Oceania na história dos Mundiais da FIFA: apesar de filiada à AFC, a Austrália representou o continente “caçula” em mais uma edição do principal certame do futebol. Apesar das expectativas, os “Socceroos” não conseguiram repetir a história e despediram-se da Copa do Mundo pela primeira vez sem sequer pontuar.


Eis o escrete australiano (foto) que enfrentou a Espanha em sua despedida da Copa do Mundo de 2014

  É verdade que a última partida da primeira fase, contra a Espanha, pouco valia em termos de classificação: com ambas as seleções eliminadas, o duelo marcava mais a despedida da geração espanhola que encantou o mundo com o “Tiki Taka” frente os aguerridos australianos, que esperavam entrar para a história como dignos adversários aos ibéricos.


A Espanha adotou seu uniforme alternativo negro (foto) para enfrentar a Austrália em Curitiba

  Mesmo com Del Bosque poupando alguns de seus principais jogadores e dando oportunidades a reservas, a Espanha se mostrou superior desde o início da partida: bem postada taticamente, a equipe não encontrou maiores dificuldades para vencer o bloqueio defensivo dos “Socceroos” em sua despedida.


A torcida curitibana não poupou a Espanha de provocações quanto à sua eliminação

  Aos 36 minutos, a vitória europeia começou a se desenhar quando Juanfrán chegou à linha de fundo e cruzou para David Villa, em sua despedida da “Furia”, anotar um belo gol de letra; até o final da primeira etapa, o quadro castelhano ainda incomodou Math Ryan mais algumas vezes, mas o placar se manteve em 1-0.


Jogadores espanhóis (foto) comemoram o tento de Villa de forma discreta

  Nos 45 minutos finais, apesar de o ritmo do encontro diminuir, a Espanha buscava dar um alento a seus torcedores com mais ocasiões ofensivas: o craque Iniesta começou a brilhar em campo e, com um excelente passe, encontrou Fernando Torres livre de marcação; o atacante recebeu na esquerda da área e tocou para o fundo das redes, aumentando o marcador aos 25 minutos da etapa complementar.


Mata (13, negro, Espanha) toca a bola com eficiência contra o fundo da meta de Ryan (verde, Austrália)

  O público presente em Curitiba ainda teve tempo de ver mais um tento dos espanhóis: aos 37, Fabregas cruzou para Juan Mata, que não teve dificuldades para tocar por baixo de Ryan e decretar o resultado final em 3-0.


Assista aos melhores momentos da despedida dos "Socceroos" do Mundial de 2014


  Com o término da participação australiana em solo “canarinho”, fica evidente a necessidade de renovação do escrete auri-verde. A equipe se mostrou muito dependente de Tim Cahill, veterano atleta que disputou seu último Mundial. O talentoso atleta foi a melhor opção ofensiva do time de Postecoglou, marcando dois dos três gols oceânicos no torneio. Além disso, fica a sensação de que, contra outros adversários, de menor expressão e qualidade, a Austrália poderia ter surpreendido e, quiçá, almejar a classificação. De 2014, a Austrália leva para a casa o carinho da torcida brasileira e a certeza de que precisa evoluir muito para voltar a obter uma campanha histórica como a de 2006.

  Fonte das Imagens: EBC

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Não deu! Austrália joga bem, mas peca em lances capitais, é derrotada pela Holanda e já não tem mais chances de classificação

  Por João Victor Gonçalves

  Não foi dessa vez. Apesar de mostrar garra e disposição durante os 90 minutos, a valente Seleção Australiana acabou refém de sua limitação técnica e, frente uma habilidosa Holanda, acabou batida por 3-2, dando adeus às remotas chances de classificação às oitavas-de-final da Copa do Mundo.


Austrália e Holanda foram a campo com as seguintes escalações (acima)

  Antes da partida, o bom retrospecto histórico australiano contra a "Laranja Mecânica" (em três jogos contra os neerlandeses, os "Socceroos"  acumulavam uma vitória e dois empates), o favoritismo para o duelo era do quadro de Robben e Van Persie, que vinha embalado após uma histórica vitória por 5-1 sobre a Espanha na estreia; já os oceânicos buscavam evitar os erros vistos nos minutos iniciais da derrota para o Chile por 3-1 e sair de campo com, ao menos, um ponto.


Disputa de bola entre Mark Bresciano (23, amarelo, Austrália) e Blind (5, azul, Holanda)

  Todavia, logo aos 19 minutos, em um momento de distração do sistema defensivo australiano, os holandeses abriram o placar em Porto Alegre: após bela arrancada, o craque Robben deixou Wilkinson na saudade e, com um chute forte, rasteiro, fez o primeiro do escrete neerlandês.


Robben (azul, Holanda) celebra a abertura da contagem no Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre

  A reação dos comandados de Ange Postecoglou, porém, foi rápida: logo após a saída de bola, Tim Cahill completou o lançamento de McGowan de primeira, estufando as redes de Cillessen, para delírio dos torcedores oceânicos e dos brasileiros que demonstravam seu amor pelo esquadrão auri-verde. Daí até o final da primeira etapa, a Austrália dominou as ações e, se não fosse a falta de pontaria de Bresciano, poderia ter chegado ao intervalo em vantagem no marcador.


Tim Cahill (foto), que desfalcará os australianos contra a Espanha por ter levado seu segundo cartão amarelo no Mundial, celebra o primeiro gol dos "Socceroos"

  Mantendo o ritmo do final da primeira etapa, a Austrália foi premiada aos sete minutos da etapa complementar: em seus primeiros toques na bola, Bozanic cruzou e a "gorduchinha" acabou encontrando o braço de Janmat, originando um pênalti assinalado pelo árbitro argelino Djamel Halmoudi. Na cobrança, Jedinak deslocou Cillessen, colocando, de modo improvável, a Austrália à frente do placar.


Jedinak (15, amarelo, esquerda) vira o jogo para a Austrália

  Cinco minutos depois, em nova falha do sistema de marcação australiano, a Holanda buscou o empate: o "matador" Van Persie recebeu a bola dentro da área e, com um petardo, estufou as redes de Mat Ryan. O gol sofrido, porém, não abalou os "Socceroos", que partiram ao ataque em busca do terceiro; numa excelente oportunidade, a "peitada" de Leckie encontrou as ágeis mãos de Cillessen, num lance que gerou frustração entre os torcedores "amarelinhos" presentes no Beira-Rio.


Cahill (amarelo, Austrália) tem sua ação barrada pelo "sutil" Vlaar (2, azul, Holanda)

  Na sequência do lance, a velha comprovação do ditado "Quem não faz, toma": após rápido contra-ataque, a bola caiu nos pés do estreante Memphis Depay que, em sua primeira partida com a camisa da Holanda em Mundiais, chutou forte; o quique da bola traiu Ryan, que, atrasado, nada pôde fazer. Estava decretada a virada holandesa.


Memphis Depay (azul, fundo) celebra o gol que sacramentou a vitória holandesa

  Em vantagem no placar, a Holanda evitou novos sustos anulando as descidas australianas com uma marcação forte no setor de meia cancha. Cansado, o quadro de Ange Postecoglou até tentou manter a posse de bola, mas não teve forças para buscar novamente o empate. Com isso, os neerlandeses esperaram o apito final de Djamel Halmoudi para comemorar a segunda vitória na Copa do Mundo e a classificação antecipada às oitavas-de-final; já a Austrália, com seu segundo revés, não tem mais chances de atingir a Fase Eliminatória.


Assista aos melhores momentos da vitória holandesa sobre a Austrália

  No próximo dia 23, os "Socceroos" despedem-se do Mundial contra os atuais campeões mundiais, na Arena da Baixada, em Curitiba. Na partida entre duas equipes já eliminadas do certame, a principal motivação para os comandados de Ange Postecoglou é manter a sina de que jamais a Austrália deixou de pontuar atuando em Mundiais. Todavia, o carinho da torcida e a possibilidade de prêmio pelo esforço demonstrado nas duas partidas iniciais com um resultado histórico serão o grande combustível para os auri-verdes em sua digna despedida.

  Fonte das Imagens: AP e Noticia Al Día

terça-feira, 17 de junho de 2014

Relembre a estreia australiana na Copa do Mundo com uma análise tática dos "Socceroos" ante o Chile

  Por Rodrigo Augusto

  Não foi como o treinador australiano Ange Postecoglou esperava: com dificuldades e jogando contra a maior torcida chilena em Cuiabá, a Austrália iniciou sua trajetória no Mundial do Brasil com derrota.



Eis o time dos "Socceroos" que debutou no Mundial 2014

  Dos quase 40 mil presentes na Arena Pantanal, mais da metade eram de admiradores de “La Roja”. Deste modo, a atmosfera criada para a partida foi de apoio quase que total para o time sul-americano, que não queria decepcionar os fãs presentes na cidade de Cuiabá. Um belo momento foi a entoação das estrofes finais do hino chileno à capela pelos presentes.


A bela atitude de Mark Bresciano (amarelo, Austrália) foi o grande destaque antes do início de Chile x Austrália

  No início de partida, viu-se uma Austrália bastante defensiva, com duas linhas de quatro, buscando frear o ímpeto ofensivo do time de Jorge Sampaoli. As jogadas ofensivas do time, em sua maioria, tinham como destino os pés ou a cabeça de Tim Cahill que, sozinho em meio a marcação chilena, teve de se desdobrar em campo.


Eis uma análise tática do duelo entre Austrália (amarelo) e Chile (vermelho)

  Taticamente, a ideia de Postecoglou era de conter as descidas de Alexis Sánchez e seus companheiros com a forte barreira defensiva formada por Wilkinson e Spiranovic. Apesar da vantagem nas bolas aéreas, o maior defeito do time oceânico era a lenta transição do campo de defesa para o ataque; nas raras ocasiões em que esta se deu de modo efetivo, os “Socceroos” levaram perigo à meta de Claudio Bravo.


Mark Bresciano (amarelo, Austrália) entra em campo ao lado de criança com deficiência

  Com a bola rolando, os primeiros 15 minutos de jogo foram de terror para os “Socceroos”: aos 12, após cruzamento de Aranguiz na área, Vargas desviou de cabeça e a bola sobrou para Sánchez que, não titubeou e bateu forte no canto de Ryan para inaugurar o  placar do duelo.


Valdívia (10, centro) celebra o segundo gol chileno

  Dois minutos depois, novo balde de água fria sobre comandados de Ange Postecoglou: após boa troca de passes do escrete chileno, Sánchez encontrou Valdívia sem marcação na entrada da área; o jogador do Palmeiras bateu com extrema categoria no ângulo esquerdo de Ryan para aumentar o marcador em Cuiabá, levando ao delírio a torcida vermelha.


O duelo entre Chile e Austrália reviveu o primeiro encontro entre as equipes em um Mundial, ocorrido na Alemanha, em 1974 (foto)

  Visivelmente poupando-se durante a partida, o time do Chile viu, aos 30 minutos da primeira etapa, a Austrália diminuir: após boa tabela de Franjic com Leckie, o camisa 7 cruzou para Cahill, de cabeça, ganhar a disputa com Medel e colocar os “Cangurus” de novo no páreo.


Disputa de bola entre Cahill (amarelo, Austrália) e Medel (vermelho, Chile)

  Com os ânimos acalmados, os times foram para o intervalo esgotados fisicamente, mas sabendo que os derradeiros 45 minutos que ainda lhes restavam decretariam o destino de ambos na sequência do torneio.


Arturo Vidal (vermelho, Chile) cabeceia a bola frente o olhar atento de Mark Bresciano (amarelo, Austrália)

  Durante o segundo tempo da partida, a Austrália mostrou maior poderio ofensivo e levou perigo à meta de Bravo, que teve de realizar boas defesas em favor de seu time. Mesmo sem tanta técnica, os comandados de Postecoglou jogavam com raça e determinação dentro das quatro linhas.


Ao final dos 90 minutos, a festa foi dos jogadores e da torcida chilena (foto)

  Mesmo com a entrada de Halloran no posto de Jedinak, que deu maior poderio ofensivo aos “Socceroos”, o golpe de misericórdia do Chile foi dado nos acréscimos: em rápido contra-ataque chileno, Beausejour apareceu na entrada da área para, com um forte chute cruzado, decretar o placar final de 3-1 favoráveis ao Chile.


Assista aos melhores momentos da vitória chilena sobre a Austrália

  Após a derrota, as chances de uma improvável classificação australiana na Copa do Mundo ficam ainda mais remotas: amanhã, o time enfrenta Holanda às 13 horas no Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre; a participação dos oceânicos na 1ª Fase encerra-se no duelo contra a campeã mundial Espanha, a ser disputado em Curitiba, na Arena da Baixada, no próximo dia 26, às 13 horas.


Após a partida, o treinador Ange Postecoglou (foto) elogiou seu grupo


  Apesar da derrota, Ange Postecoglou viu pontos positivos no duelo, exaltando o equilíbrio e união do grupo que, por muito pouco, não empatou a partida. Mudanças poderão ser feitas para o próximo duelo, onde perder não é uma opção para a manutenção do sonho dos “Socceroos”.

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Manu Laeva conquista torneio de futebol do Tuvalu Games pela quarta vez na história

  Por Carlos Santos

  Nas últimas semanas, foi realizada mais um edição do Tuvalu Games, espécie de "olimpíada nacional" que une atletas de todas as ilhas do arquipélago. A disputa no Futebol Masculino mostrou-se acirrada e culminou com a consagração do Manu Laeva, campeão do torneio pela quarta vez. Confira abaixo um resumo da competição.


Eis o escudo do Manu Laeva Football Club, campeão do Tuvalu Games pela quarta vez na história

  O Grupo 1 foi formado por Tofaga, Lakena United, Nauti e Tamanuku. Os grandes favoritos para a classificação eram Nauti e Tofaga; o multicampeão tuvaluano tentava conquistar um dos raros torneios nacionais que ainda não constam em suas galerias, enquanto que o Tofaga lutava pelo quarto título do certame.


Campeões da Tuvalu A-Division em 2014, os atletas do Nauti (foto) não conseguiram repetir o bom desempenho no torneio de futebol do Tuvalu Games

  Todavia, ambos decepcionaram: o Tofaga conseguiu sua única vitória no clássico contra o Nauti, enquanto que os "Polvos" só triunfaram ante o modesto Tamanuku. Com um empate na última rodada, o quadro alvinegro de Nukufetau se classificou na segunda posição da chave, ficando atrás apenas do invicto Lakena United.


O bom time do Tofaga (foto) não passou da primeira fase na edição 2014 do Tuvalu Games

  No Grupo 2, Manu Laeva e Ha'apai United não tiveram dificuldades para superar Nui e Niutao e garantir a classificação. Os alviverdes conseguiram três vitórias em três jogos, marcando 11 tentos e sofrendo apenas um; já o Ha'apai United triunfou nos confrontos diretos contra seus oponentes diretos pela segunda vaga e garantiu seu posto nas semifinais.


Representando a ilha de Nukufetau, o Tamanuku (foto) obteve a terceira colocação do Tuvalu Games 2014

  No primeiro duelo das semifinais, Lakena United e Ha'apai United se enfrentaram em busca de uma vaga na grande decisão. Ao final dos 90 minutos, os "peixes-espada" acabaram surpreendidos pelo valente Ha'apai United, que triunfou por 2-1 e obteve a chance de conseguir um inédito título no futebol tuvaluano. No outro confronto, o Manu Laeva fez jus à melhor campanha do campeonato e venceu o Tamanuku por 2-1. Dessa forma, a disputa pelo ouro ficou entre alviverdes e auriverdes.


Eis o time do Manu Laeva (foto), campeão do Torneio de Futebol do Tuvalu Games pela quarta vez na história


  Como prêmio de consolação, Lakena United e Tamanuku entraram em campo para a disputa da medalha de bronze; representante a ilha de Nukufetau, o Tamanuku triunfou pela contagem mínima e garantiu a festa dos alvinegros. Já na grande decisão, o Manu Laeva confirmou seu leve favoritismo e venceu por 2-0. Com o triunfo, a festa foi grande entre os atletas representantes da ilha de Nukulaelae, que confirmaram sua hegemonia no Tuvalu Games, conquistando o título do certame pela quarta vez na história, a exemplo de 2008, 2009 e 2011.

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Técnico da Austrália fecha treino pela primeira vez para testar time titular

  Por Marcelo Silva
  Direto de Vitória-ES

  A Copa do Mundo ficou mais séria para a Austrália nesta quarta-feira. Depois de treinos abertos ao público e à imprensa há duas semanas, Ange Postecoglou pediu licença para testar o possível time titular para a estreia no Mundial contra o Chile, sexta-feira, na Arena Pantanal, em Cuiabá, às 18h - os Socceroos ainda treinam na capital matogrossense na quinta.


Tapumes (foto) mostram o mistério que cercou o gramado do Estádio Engenheiro Araripe. Foto: Marcelo Silva

  Os jornalistas presentes na manhã desta quarta no Estádio Engenheiro Araripe, que virou o CT australiano em Vitória, só puderam acompanhar o início da atividade, cerca de 30 minutos. Ou seja, apenas aquecimento e movimentações com a bola, nada de parte tática. Alguns repórteres cogitaram fazer imagens de cima da ponte que passa ao lado do campo, mas desistiram da ideia ao saberem que teriam suas credenciais confiscadas pelo departamento de comunicação da seleção da Oceania.


Ange Postecoglou (foto) fez mistério em relação ao time que enfrenta o Chile nesta sexta-feira. Foto: Globo Esporte.com

  O mistério acerca do onze inicial verde e ouro contra o Chile procede. Ange colocou um time em campo no amistoso contra a Croácia, na última semana, mas pode mudar. Diferentemente da escalação contra os croatas, que teve Matthew Leckie e James Troisi titulares no meio-campo, o treinador australiano ainda tem à disposição dois jogadores titulares durante as eliminatórias, os meias Mark Bresciano, titular absoluto, e Matt McKay, que se revezou na ala e na meia esquerda com Tommy Oar.


Jedinak (foto) será o capitão na estreia australiana contra os chilenos. Foto: Football 365


  Apesar do tapume escondendo o treino que pode definir o time titular, a Austrália não deve fugir de ter: Matt Ryan, Ivan Franjic, Alex Wilkinson, Matthew Spiranovic e Jason Davidson; Mile Jedinak (capitão), Mark Milligan, Mark Bresciano, Matt McKay (James Troisi) e Tommy Oar; Tim Cahill.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Capitão da Austrália "entrega" ex-companheiro brasileiro na Inglaterra

  Por Marcelo Silva
  Direto de Vitória-ES

  A necessidade de manter a seriedade e a ordem dentro de campo se estendeu na coletiva de imprensa do capitão dos Socceroos. Mas Mile Jedinak, volante do Crystal Palace, da Inglaterra, se soltou na última pergunta, feita pela reportagem do blog "Futebol na Oceania". Ao ser perguntado sobre a ligação que tinha com André Moritz, seu ex-companheiro de time, agora no Bolton Wanderers, Jedinak "entregou" o meia.


Esta é a bela paisagem que a seleção australiana contempla durante seus treinamentos em Vitória (ES). Foto: Marcelo Silva

  - Falei com ele ontem (domingo), aliás, e ele só fala sobre uma coisa comigo, se eu vou conseguir ingressos para ele, para os dois últimos jogos, que vão ser onde ele mora. Ele é um grande amigo, mas não pedi conselho a ele, não. Eu sempre estou em contato com ele, mas não vou conseguir falar com ele nesses próximos dias.


Mile Jedinak (foto) demonstrou ser grande amigo do brasileiro André Moritz. Foto: Adelaide Now

  Moritz é natural de Florianópolis, capital de Santa Catarina, estado entre Rio Grande do Sul e Paraná, que vão receber Austrália x Holanda (Porto Alegre, dia 18) e Austrália x Espanha (Curitiba, dia 23) - daí o pedido pelos ingressos. Após iniciar no campo na base do Avaí, o jogador de 27 anos foi para o Internacional e despontou nacionalmente.


O brasileiro André Moritz (foto) conheceu o atleta australiano quando atuava pelo Crystal Palace. Foto: Arquivo Pessoal/ND


  Depois de passagem pelo Fluminense, Moritz foi para a Europa. Primeiro, jogou na Turquia, até chegar à Inglaterra. Na temporada 2012-2013, a sua primeira pelo Crystal Palace, ao lado de Mile Jedinak, o catarinense ajudou o time a conquistar os playoffs da Championship, a segunda divisão inglesa, e assim classificar o time de Londres para a Premier League. Na temporada seguinte, no entanto, Moritz não acertou a renovação e seguiu para o Bolton.

sábado, 7 de junho de 2014

Em jogo de poucas oportunidades, Croácia bate Austrália antes de estreia na Copa do Mundo

  Por João Victor Gonçalves

  Em seu último teste antes da estreia na Copa do Mundo, os "Socceroos" decepcionaram os torcedores que foram lhes apoiar no Estádio de Pituaçu, em Salvador, e acabaram batidos pela contagem mínima pela Seleção Croata, adversária do Brasil na abertura da principal competição do futebol mundial.


Jason Davidson (amarelo, Austrália) domina bola para os "Socceroos"

  Antes do duelo, o treinador Ange Postecoglou apostou numa formação teoricamente ofensiva para encarar os croatas: o 4-2-3-1 armado pelo ex-comandante de Brisbane Roar e Melbourne Victory visava dar maior dinamicidade ao ataque australiano; com a missão de abastecer Tim Cahill, homem de referência na grande área, Dario Vidosic à direita, Matt Leckie à esquerda e Tommy Oar centralizado formavam o trio ofensivo na meia-cancha auri-verde.


Jelavic (9, vermelho) foi o autor do gol da vitória croata sobre a Austrália. Foto: Yahoo

  Com a bola rolando, porém, a estratégia de Postecoglou mostrou-se pouco eficiente: com grandes dificuldades para sair jogando, a Austrália assistiu uma pouco criativa Croácia criar raras chances durante a primeira etapa; em uma partida com nível técnico baixíssimo, a dupla de zaga formada por Mark Milligan e pelo capitão Mile Jedinak garantiu a invencibilidade da meta de Mat Ryan.


Confira o gol da vitória croata sobre os "Socceroos"

  Na segunda etapa, porém, um lance de talento individual decidiu o duelo: após belíssima jogada do craque madridista Luka Modric, Jelavic ficou cara a cara com Ryan e, com um chute forte, fuzilou a meta do arqueiro australiano, fazendo o tento que selaria a vitória croata. Daí até o final do duelo, Postecoglou tentou aprimorar as chegadas de sua equipe ao ataque com as entradas de Bresciano, McKay e Troisi, mas não obteve sucesso; nem mesmo Adam Taggart, artilheiro da A-League, foi capaz de mudar o destino do amistoso.


Relembre lances do duelo entre Chile e Austrália, pela Copa do Mundo de 1974

  Agora, as atenções dos australianos se voltam para a próxima sexta-feira (13), quando os "Socceroos" realizam sua estreia no Mundial enfrentando o Chile, na Arena Pantanal, em Cuiabá. No único encontro entre as equipes em Copas do Mundo, em 1974, o placar em branco selou a eliminação das duas equipes que compunham o Grupo A ao lado da anfitriã Alemanha Ocidental e da Alemanha Oriental.

segunda-feira, 2 de junho de 2014

"Socceroos" seguem em seu caminho rumo ao Mundial; "All Whites" decepcionam. Confira!

  Por Rodrigo Augusto

  As duas principais seleções oceânicas realizaram amistosos recentemente: a Austrália, que já está no Brasil para a disputa da Copa do Mundo, entrou em campo visando um maior entrosamento sob as ordens do novo comandante, Ange Postecoglou; já os neozelandeses aproveitaram a “onda” de confrontos ao redor do mundo para serem testados a nível internacional.


Disputa de bola entre Cahill (amarelo, Austrália) e Nthethe (branco, África do Sul). Foto: The State

  Mesmo com vários reservas, o time australiano enfrentou, no último dia 26, a África do Sul em Sydney. Um impressionante público de 50 mil torcedores acompanhou a última partida dos “Socceroos” antes da viagem ao Brasil. Porém, ao final dos 90 minutos, o clima não era de festa: logo no primeiro teste, um empate contra os “Bafana Bafana” ligou o sinal de alerta.


O capitão Cahill (centro) celebra o gol de empate australiano frente à multidão que compareceu ao Allianz Stadium, em Sydney. Foto: The Poch Times

  No início do jogo, Ayanda Patosi abriu os trabalhos para os visitantes com 13 minutos de partida, aproveitando a fragilidade defensiva do time local; menos de dois minutos depois, após cruzamento, o veterano Tim Cahill dividiu com o goleiro sul-africano e, de cabeça, empatou a partida, que não teve seu escore alterado até o apito final.


Assista aos gols do empate entre Austrália e África do Sul

  Quem também enfrentou os “Bafana Bafana” foi a Nova Zelândia. O duelo foi disputado na última sexta-feira e apresentou um nível técnico muito aquém do esperado. Ao final dos 90 minutos, o e empate definiu bem o que representou a partida.


Disputa de bola entre Tyler Boyd (branco, Nova Zelândia) e Anele Ngcongca (amarelo, África do Sul). Foto: Enca

  Sem Shane Smeltz, a maior estrela do time, os “All Whites” sofreram muito com a falta de ritmo de jogo. Nem mesmo os 9.266 presentes animaram o time e o 0-0, além de placar, serviu como nota para o encontro.


Confira os (poucos) melhores momentos do empate entre "All Whites" e "Bafana Bafana"

  Nesta segunda-feira, já em território brasileiro, a Austrália entrou em campo novamente para a disputa de um jogo-treino contra o Paraná Clube na cidade de Cariacica, Espírito Santo. Dessa vez, sem maiores sobressaltos, os “Socceroos” saíram triunfantes.


Assista aos gols da vitória australiana sobre o Paraná Clube


  Decidindo o confronto nos primeiros 45 minutos, o “mistão” australiano, que não contou com a presença de Cahill e Jedinak, bateu o esquadrão paranista por 2-0, com gols de Bozanic e Taggart. Nas próximas horas, o treinador Ange Postecoglou define a lista final de 23 convocados para o Mundial, que deve estar em posse da FIFA até quinta-feira, prazo limite estipulado pela unidade para a eleição dos atletas que estarão na principal competição de futebol no planeta. Os “Aussies” encerram sua preparação rumo ao Mundial no próximo dia 6, quando enfrentam a Croácia na Arena Pituaçu, em Salvador.