Definitivamente, a Seleção Australiana deixou a desejar em sua passagem por território brasileiro. Preparando-se para a disputa do Mundial de 2014, os "Socceroos" voltaram a apresentar as mesmas falhas defensivas vistas East Asia Football Federation Cup, os comandados de Holger Osieck foram presa fácil para o Brasil que, embalado pelo título na Copa das Confederações, não teve dificuldades para vencer a seleção oceânica por 6-0.
Num dos raros momentos de lucidez da Austrália no jogo, Tommy Rogic (20, azul, Austrália) tenta se livrar da marcação de três jogadores brasileiros
Desde o início do duelo no Estádio Nacional Mané Garrincha, as jogadas pelas laterais mostravam-se como grande arma do Brasil para a conquista da vitória, já que McGowan e McKay, mal posicionados, não conseguiam barrar as descidas de Neymar e Bernard. Em jogada individual bem sucedida de Neymar, Jô apareceu mostrando todo seu oportunismo para abrir o placar logo aos 8 minutos da etapa inicial.
Jô (21, direita) e Bernard (20, esquerda) celebram gol do Brasil; dupla fez sucesso no Atlético Mineiro com a conquista da Taça Libertadores da América
Aos 33 minutos, sem dar mostras de recuperação, a Austrália sofreu o segundo gol, novamente por intermédio de Jô, que recebeu boa assistência de Neymar e completou para o fundo das redes de Schwarzer, que nada pôde fazer. No minuto seguinte, em vacilo de marcação do sistema defensivo azul, Neymar apareceu frente a frente com Schwarzer e, dando mostras de seu talento, chutou rasteiro, de modo inapelável para o experiente arqueiro australiano, determinando o placar de 3-0 que permaneceria até o intervalo.
Neymar (10, Brasil) vence Schwarzer (vermelho, 1, Austrália) e marca o terceiro tento "canarinho"
Na segunda etapa, os comandados de Holger Osieck não mudaram sua postura: como não conseguiam manter a posse de bola, atraíam o Brasil para seu sistema defensivo e ficavam reféns das jogadas de velocidade pelas alas arquitetadas pelo quadro "canarinho". Numa delas, Maxwell cruzou na medida para Ramires, que subiu mais alto que a defensiva australiana e, num desvio sutil, fez o quarto dos brasileiros.
Neymar (amarelo, centro) é cercado pelos australianos (azul)
Para coroar a atuação trágica dos australianos em território brasileiro, num dos raros momentos em que os "Socceroos" tentavam lançar-se ao ataque, a bola foi recuperada pela Seleção Brasileira e, num rápido contra-ataque, Neymar e Hernanes tramaram a jogada que foi finalizada na conclusão certeira de Alexandre Pato, para alegria da torcida que foi celebrar o Dia da Independência no Estádio Nacional.
Thiago Silva (amarelo, Brasil) sofre entrada ríspida de Lucas Neill (azul, Austrália)
Pouco antes do apito final do paraguaio Enrique Cáceres Villafante, o Brasil chegou ao sexto gol num belíssimo remate de longa distância de Luiz Gustavo, que surpreendeu Schwarzer, decretando a velha máxima do "3 vira, 6 acaba". O placar final de 6-0 foi um justo prêmio para os comandados de Luiz Felipe Scolari, que apresentaram um futebol intenso e efetivo, mantendo a bola sob sua posse por dois terços do tempo.
O treinador australiano Holger Osieck (foto) sorri ironicamente ao ver a péssima atuação de sua equipe
Aos "Socceroos", resta voltar as atenções para a França, adversária do próximo dia 11, no Parc des Princes, em Paris. Se a atuação for semelhante à vista em território brasileiro, a tendência de uma nova derrota humilhante deverá se confirmar, para preocupação dos torcedores australianos, que, a exemplo de sua seleção, vivem a "ressaca" das celebrações motivadas pela conquista da vaga no Mundial de 2014.
Assista aos melhores momentos da goleada brasileira sobre os "Socceroos"
A Austrália foi a campo contra o Brasil com: Schwazer; McGowan, Neill, Ognenovisk e McKay; Jedinak (Milligan), Bresciano, Kruse, Holman (Rogic) e Oar (Thompson); Josh Kennedy (Duke). O técnico é o alemão Holger Osieck. Já o Brasil jogou com: Júlio César; Maicon (Marcos Rocha), Thiago Silva, David Luiz (Dante) e Marcelo (Maxwell); Luiz Gustavo, Paulinho (Hernanes) e Ramires; Bernard (Lucas), Neymar e Jô (Alexandre Pato). O comando é do experiente Luiz Felipe Scolari.
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