sábado, 28 de setembro de 2013

Campeãs: "Ferns" goleiam China e voltam a conquistar um título longe da Oceania após 38 anos

  Por João Victor Gonçalves

  O futebol da Nova Zelândia está em festa! As "Ferns" (como são conhecidas as jogadoras de futebol feminino do país) confirmaram seu ótimo momento e faturaram a Valais Cup, competição amistosa que reuniu em território suíço, além da representação oceânica, Brasi, China e México.


"Ferns" comemoram a conquista da Valais Cup ao lado do troféu do certame

  Após derrotar o Brasil por 1-0 em uma das semifinais, as comandadas de Tony Readings garantiram o direito de enfrentar a China na grande decisão da Valais Cup. Uma incógnita pairava sobre quem venceria a partida, com um leve favoritismo atribuído à China pela tradição do país na modalidade. Ao longo da história, as chinesas obtiveram dois vice-campeonatos de respeito: o da Copa do Mundo, em 1999, e o das Olimpíadas, em 1996.


Imagem mostra a Seleção Neozelandesa de Futebol Feminino realizando o "Haka" antes de partida contra a Austrália em 1989; dois anos depois, as "Ferns" venceriam as "Matildas" e conquistariam a vaga na Copa do Mundo pela primeira vez

  Dessa forma, uma disputa equilibrada era prevista no gramado do Stade St-Germain, em Savièse, Suíça. De fato, o primeiro tempo do duelo confirmou esta expectativa: mostrando grande determinação no setor defensivo, as duas seleções apostavam nas jogadas rápidas de contra-golpe, com as chinesas atacando pelas laterais e as neozelandesas, superiores fisicamente, preferindo o contato direto e as jogadas áreas.


Bola estufa as redes chinesas durante o primeiro gol neozelandês

  Gao Qi, pelo lado chinês, e Kirsty Yallop, pelo lado das "Ferns", reclamaram penalidades durante os primeiros 45 minutos, mas a árbitra suíça Simona Ghisletta nada marcou. Com as poucas oportunidades de ataque criadas pelas duas equipes desperdiçadas, a partida foi para o intervalo com o placar em branco.


Jogadoras neozelandesas abraçam Hannah Wilkinson após o gol da centro-avante na decisão Valais Cup

  Todavia, a segunda etapa marcou uma completa mudança no panorama da decisão. A Nova Zelândia partiu para cima das chinesas desde os primeiros momentos e chegou a seu primeiro gol utilizando sua arma principal: a jogada aérea. Aos 8 minutos, Ria Percival cobrou falta na medida para Hannah Wilkinson, que não teve dificuldade para superar a baixa defensiva chinesa e estufar as redes de Zhang Yue com uma bela cabeçada.


Sarah Gregorius (10, branco, Nova Zelândia) tenta desviar a bola de cabeça após cruzamento que originou o segundo gol das "Ferns"

  A exemplo do sol, que se escondia atrás dos Alpes Suíços, o ânimo da seleção chinesa foi desaparecendo com o passar dos minutos, o que resultou na ampliação da vantagem das "Ferns". Aos 20 minutos, após bela jogada individual de Helen Collins, Amber Hearn apareceu livre na entrada da pequena área chinesa para completar contra a meta desguarnecida de Yue. 2-0 no placar e as oceânicas já sentiam o gosto do título.


A goleira chinesa Zhang Yue (verde) buscou a bola no fundo de sua meta em quatro oportunidades

  Com a desvantagem no placar, as chinesas partiram desesperadamente para o ataque e abriram brechas em seu sistema defensivo, as quais foram sabiamente exploradas pelo time de Tony Readings. Aos 39 minutos, após jogada em velocidade, Amber Hearn desferiu um chute que "beijou" a trave; no rebote, Rosie White apareceu livre para completar contra as redes chinesas, determinando o terceiro tento neozelandês.


Artilheira da competição com três gols, Amber Hearn (9, Nova Zelândia) foi eleita a melhor jogadora da Valais Cup 2013

  Antes do apito final, as neozelandesas chegaram ao quarto tento, fechando a vitória com "chave de ouro": após cobrança rasteira de falta de Anna Green, a artilheira Amber Hearn apareceu desmarcada e, com um toque certeiro, destinou o esférico para o canto inferior direito de Zhang Yue. O belíssimo placar de 4-0 permaneceu até o apito final de Simona Ghisletta, sendo o símbolo máximo do bom futebol apresentado pelas "Ferns" nesta Valais Cup.



Assista aos melhores momentos da vitória da Nova Zelândia sobre a China na final da Valais Cup 2013

  Com a conquista do certame na Suíça, as "Ferns" voltam a conquistar um título longe da Oceania após 38 anos de jejum. A última conquista da Seleção Neozelandesa de Futebol Feminino longe de seu continente havia sido a Copa Asiática de 1975, disputada em Hong-Kong, numa época em que a Oceania Football Confederation sequer exisitia e a modalidade ainda "engatinhava" no cenário mundial.


Com a conquista da Valais Cup, o treinador Tony Readings (foto) quebrou o jejum das "Ferns" de 38 anos sem conquistar um título fora da Oceania

  Após a partida, o empolgado técnico Tony Readings destacou: "Nós motivamos as jogadoras a melhorar seu desempenho a cada partida. Vencer este torneio e derrotar o Brasil são feitos que mostram que estamos dando grandes passos. Estamos trabalhando para conseguir maiores conquistas em 2015 e 2016, mas a conquista deste torneio simboliza nosso progresso".


A geração 2013 das "Ferns" igualou o feito obtido em 1975 pela equipe vista na foto acima, Campeã Asiática em Hong Kong

  O histórico time das "Ferns" que conquistou a Valais Cup foi a campo com: Nayler (Rolls); Percival (Green), Hoyle, Erceg, Riley, Hearn, Gregorius (White), Yallop (Longo), Hassett, Stott (Moore) e Wilkinson (Collins). O comando técnico foi de Tony Readings. Na disputa do 3º lugar do certame, o Brasil derrotou o México por 4-0 e fechou o pódio ao lado de neozelandesas e chinesas.


A capitã Abby Erceg (5, Nova Zelândia) recebe o troféu da Valais Cup 2013

  Depois da excursão pela Suíça, as "Ferns" voltam a campo no final de Outubro, quando enfrentarão a Seleção dos Estados Unidos, atual campeã olímpica e número um no Raking da FIFA. Serão realizados dois amistosos: em San Francisco, no dia 27, e em Columbus, no dia 30.

  Fonte das Imagens: Stuff, The Ultimate NZ Soccer Website e Site Oficial da Valais Cup  

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Histórico! "Tiki Toa" batem Argentina e estão nas semifinais do Mundial de Beach Soccer

  Por João Victor Gonçalves

  O Taiti está em festa! Os "Tiki Toa" (como são conhecidos os jogadores de Beach Soccer locais) não deram chances à Argentina, vencendo os portenhos por 6-1 em duelo válido pelas Quartas-de-Final do Mundial da categoria. Dessa forma, a seleção anfitriã do evento garante seu posto entre as quatro melhores do mundo, para delírio do público polinésio.


O ferido Tchen (direita) recebe caloroso abraço de Zaveroni (esquerda) após a conquista da inédita vaga na semifinal do Mundial

  De maneira surpreendente, a passagem para a decisão se deu de forma relativamente tranquila. O momento de maior tensão do duelo foi justamente o seu início, no qual as duas seleções adotaram uma postura conservadora. O reflexo da marcação eficiente efetuada por oceânicos e sul-americanos foi o placar em branco durante os oito minutos iniciais.


Li Raimana (7, vermelho, centro, Taiti) disputa bola com Federico Hilaire (8, branco, Argentina)

  Porém, aos oito minutos, o Stade de To'ata "explodiu" pela primeira vez na noite da última quarta-feira. O responsável por isso foi Heimanu Taiarui, autor do primeiro tento polinésio no encontro. O gol sofrido abalou psicologicamente a seleção sul-americana: a grande evidência disso foi a justa expulsão de Santiago Hilaire após agredir Angelo Tchen.


Taiarui (vermelho, Taiti) tira a bola do alcance do arqueiro Salgueiro (bege, Argentina) para marcar o primeiro gol taitiano

  Apesar da superioridade numérica no fim do primeiro período, o Taiti não conseguiu aumentar a vantagem. No segundo período, os polinésios continuavam levando perigo à meta de Salgueiro, desperdiçando duas ótimas oportunidades, sendo uma delas uma cabeçada "à queima-roupa" desferida por Tearii Labaste. O preço pago pelos anfitriões foi caro: num dos poucos lances de perigo da Argentina, Ezequiel Hilaire empatou cobrando penalidade.


Taiarui (vermelho) comemora o gol taitiano ao lado do arqueiro Torohia (verde)

  No terceiro período, os comandados de Angelo Schirinzi conseguiram encontrar o melhor aproveitamento de suas finalizações (durante todo o encontro, os polinésios finalizaram 35 vezes, sendo que em 20 ocasiões a bola foi em direção ao gol): num prazo de 12 minutos, a bola balançou a rede argentina em cinco oportunidades. O capitão Naea Bennett finalmente marcou nesta Copa do Mundo, anotando dois tentos; Heimanu Taiarui, Teva Zaveroni e Raimana Li Fung Kuee completaram o histórico placar final: Taiti 6-1 Argentina.


O capitão Naea Bennett (9, vermelho, Taiti) marcou seus dois primeiros gols na Copa do Mundo de Beach Soccer

  Após o zerar do cronômetro, Ezequiel Hilaire foi expulso por contestar a arbitragem do espanhol Ruben Eiriz. Porém, a deslealdade dos argentinos não atrapalhou a festa dos "Tiki Toa", que foram aplaudidos de pé pelos 4200 torcedores que superlotaram o Stade de To'ata e celebraram a vitória nas arquibancadas por um longo período após o final do duelo.


O presidente da Polinésia Francesa, Gaston Flosse (esquerda) abraça o lesionado Angelo Tchen (direita), que não consegue conter sua emoção e chora copiosamente

  Minutos após a histórica vitória, o presidente da Polinésia Francesa, Gaston Flosse, fez questão de cumprimentar os atletas pelo feito histórico para o país. Motivos para esse reconhecimento há de sobra: com o triunfo, o Taiti torna-se a segunda seleção da O ceania a atingir a Fase Semifinal de uma competição organizada pela FIFA.



Confira o VT da histórica vitória dos "Tiki Toa" sobre os "Hermanos"

  O único país do continente a conseguir essa façanha foi a Austrália (atualmente membro da AFC), que chegou às finais da Copa das Confederações de 1997 e do Mundial Sub-20 de 1999 e às semifinais dos Mundiais Sub-20 de 1991 e 1993. Soma-se aos feitos australianos a disputa da semifinal do Torneio Olímpico de Futebol Masculino em 1992.


Os "Tiki Toa" (foto), como são conhecidos os jogadores de Beach Soccer polinésios, comemoraram a conquista da vaga ao lado da torcida que superlotou o Stade de To'ata

  A rival dos taitianos na semifinal do Mundial será a atual campeã mundial, Rússia, que vem de vitória sobre o Irã por 6-5 nas Quartas-de-final (partida que teve a arbitragem do salomônico Hugo Pado). O favoritismo é do quadro bi-continental; porém, com a entrega dos "Tiki Toa" durante este Mundial, alguém duvida de que eles podem chegar na grande decisão? Estaremos na torcida! A partida mais importante da história do Beach Soccer polinésio ocorre na madrugada de sexta para sábado, às 02h00 (horário de Brasília), com transmissão do Sportv e da Rede Bandeirantes.

  Fonte das Imagens: FIFA e DomTom News  

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Oceânicos perdem na Copa do Mundo de Beach Soccer e Ilhas Salomão se despedem da competição

  Por Gustavo Curvelo

  A terceira e última rodada da 1ª fase do Mundial de Futebol de Areia não foi boa para os representantes oceânicos. Mesmo atuando em casa, o Tati foi derrotado pela Espanha, e classificou-se em 2º lugar do Grupo A. Já as Ilhas Salomão fizeram confronto direto com El Salvador na luta pela classificação, mas acabaram sucumbindo e tiveram a eliminação confirmada.


Autor de cinco gols na vitória salvadorenha sobre as Ilhas Salomão, Agustín Ruiz (10, branco) foi o grande destaque da noite de jogos em Papeete

  A noite desta segunda-feira (23) na cidade de Papeete, capital taitiana, foi agitada, com encontros emocionantes. Com 4 jogos válidos pelo Mundial de Futebol de Areia, coube ao público apoiar mais uma vez a seleção local e acompanhar possíveis futuros adversários dos “Tiki Toa”.


Disputa de bola entre camisas 11: Joe Luwi (amarelo, Ilhas Salomão) e Frank Velásquez (branco, El Salvador)

  Abrindo o dia de competição, os já eliminados Estados Unidos e Emirados Árabes Unidos se enfrentaram em partida válida pelo Grupo A, diante de um pequeno público. Mesmo sofrendo o primeiro tento logo aos 3 segundos, os norte-americanos conseguiram a virada e venceram por 6-4, ficando com a 3ª colocação de seu grupo.


McPhilip Aisa (8, Ilhas Salomão) se prepara para desferir forte chute

  Pouco depois, Ilhas Salomão e El Salvador jogaram pela classificação. A partida era válida pelo Grupo B, que já tinha a Argentina classificada e a Holanda sem chances de avançar para as quartas-de-final.


Apesar da eliminação, jogadores salomônicos (foto) agradecem o carinho da torcida taitiana

  Com a bola rolando, os salomônicos saíram perdendo por 2-0, com gols de anotados por Agustín Ruiz. Contudo, não desistiram e chegaram ao empate em 3-3, já no 2º período.
Daí em diante, os salvadorenhos estiveram à frente do marcador, administrando a vitória e fechando o placar em 7-6. Os gols de El Salvador foram feitos por Agustín Ruiz (5 vezes), Frank Velásquez e Elmer Robles, enquanto que os “Bilikiki” conseguiram êxito frente à meta centro-americana através de Nicholas Muri (3), McPhilip Aisa, Anthony Talo e Robert Laua.



Veja os gols da emocionante vitória salvadorenha sobre as Ilhas Salomão

  O evento seguinte envolveu os selecionados da Espanha e do Taiti, valendo a 1ª colocação do Grupo A. Atuando em casa, os “Tiki Toa” não conseguiram repetir as boas partidas diante de Emirados Árabes Unidos e Estados Unidos, perdendo a partida por 4-2.


Jogadores taitianos (vermelho) fazem o "haka" ante os atletas espanhóis

  O jogo teve início com domínio espanhol, que buscou encurralar o adversário. Mesmo sentindo-se motivado por sua torcida (que fez um lindo mosaico na arquibancada com as cores da bandeira da ilha), o Taiti pouco produziu no início, fazendo com que a equipe ibérica abrisse 4-0.


Patrick Tepa (vermelho, Taiti) lamenta chance perdida após defesa de Dona (amarelo, Espanha)

  A reação local veio apenas no segundo período, quando Li Fung Kuee arriscou chute de média distância e Patrick Tepa aproveitou o rebote do goleiro Dona para descontar. No último tempo, Li Fung Kuee ainda deixou sua marca, mas foi insuficiente para que a equipe pudesse chegar à virada.


O capitão Naea Bennett (centro, Taiti) mostra habilidade ao dominar a bola entre Mejías (esquerda, Espanha) e Pajón (direita, Espanha)

  Fechando a rodada, a já classificada Argentina jogou diante da Holanda, que já se encontrava sem chances de classificação. Entretanto, quem esperava que os “Hermanos” fossem ganhar sem maiores dificuldades se enganou.


Kuman (azul, Espanha) é marcado de perto por Heiarii Tavanae (vermelho, Taiti)

  O início dos “portenhos” foi avassalador. Eram 12 segundos jogados e a seleção sul-americana já vencia por 2-0. Terminado o primeiro período, o placar era de 4 a 0. Porém, a “Laranja Mecânica” reagiu e chegou ao empate em 5-5, com gol de Charlie Van Den Ouweland a apenas 3 segundos do término do embate, o que culminou na disputa da prorrogação.


Marama Amau (vermelho, Taiti) tenta se livrar da marcação espanhola

  No tempo extra, a partida não teve alteração no placar, indo para a disputa de pênaltis, na qual os europeus venceram. Todavia, com os dois pontos somados, o time comandado por Niels Kokmeijer não conseguiu chegar nem mesmo à 3ª colocação da chave, que ficou com as Ilhas Salomão.



Confira os gols do triunfo espanhol sobre os anfitriões polinésios


  Encerrada a 1ª fase, seguem na disputa apenas 8 seleções divididas em quatro chaves, que se enfrentarão em jogo único válido pela fase de Quartas-de-final, do qual o vencedor classifica-se para a semifinal. Confira os jogos, que serão realizados na madrugada de quarta para quinta-feira (horário de Brasília):

  Rússia x Irã
  Brasil x Japão
  Espanha x El Salvador
  Argentina x Taiti

  Fonte das Imagens: FIFA

terça-feira, 24 de setembro de 2013

"Ferns" conquistam histórica vitória contra Brasil e estão na decisão da Valais Cup!

  Por João Victor Gonçalves

  O futebol feminino da Nova Zelândia conseguiu um resultado histórico neste final de semana. Jogando Stade du Lussy, em Châtel-St-Denis, Suíça, a Seleção Neozelandesa bateu a renovada Seleção Brasileira por 1-0, naquele que pode ser considerado o maior feito das "Ferns" na temporada.


Amber Hearn (foto) foi a heroína das "Ferns" na vitória sobre o Brasil

  O confronto entre oceânicas e sul-americanas foi válido pela Valais Cup, tradicional competição amistosa disputada em território suíço. Logo durante os primeiros minutos, a surpreendente superioridade das neozelandesas ficou evidente, com Hassett comandando a criação de jogadas que levavam perigo ao arco de Thaís Picarte.

Rosie White (centro, branco, Nova Zelândia) esforça-se para recuperar a posse de bola

  Aos 21 minutos, as "Ferns" tiveram sua primeira grande chance para abrir o placar: após boa jogada individual, Collins foi derrubada na grande área brasileira, em lance que gerou penalidade para as comandadas de Tony Readings. Na cobrança, porém, o chute de Hearns foi defendido pela boa arqueira Thaís, para decepção das oceânicas.

Jogadoras e comissão técnica neozelandesa (foto) mostravam confiança antes da partida contra o Brasil

  Ainda na primeira etapa, as neozelandesas criaram boas chances com Hoyle, Hearn e Percial; porém, a falta de pontaria nas finalizações ou as intervenções seguras de Thaís evitaram a abertura de contagem. Pelo lado brasileiro, as comandadas de Márcio Antonio de Oliveira não conseguiam encontrar seu melhor futebol, levando pouco perigo à meta da segura Nayler.

Amber Hearn (9, branco, Nova Zelândia) leva vantagem em disputa de bola com atleta brasileira

  O prêmio para o esforço tático das "Ferns" veio aos 21 minutos da etapa complementar: após cobrança perfeita de escanteio, Amber Hearn subiu mais alto que a defensiva brasileira e cabeceou firme, no contra-pé da arqueira Picarte. Estava escrito o tento neozelandês, muito celebrado pelo público presente no Stade dy Lussy.


Exato instante em que a bola encontra as redes brasileiras no gol de Amber Hearn

  Com a vantagem no placar, as neozelandesas se dedicaram a neutralizar as jogadas ofensivas das brasileiras nos últimos minutos do confronto. Nesta ocasião, brilhou a estrela do sistema defensivo neozelandês, liderado pela arqueira Erin Nayler e pela experiente zagueira Katie Hoyle. Ao apito final da francesa Stéphanie Frappart, as "Ferns", que atualmente ocupam a 19ª posição no Raking da FIFA, puderam celebrar seu primeiro triunfo contra uma das 10 melhores seleções ranqueadas da entidade.



Assista aos melhores momentos da histórica vitória neozelandesa sobre o Brasil

  Após a partida, a capitã Abby Erceg fez questão de destacar a evolução do futebol feminino neozelandês relembrando seu primeiro encontro contra o Brasil - uma derrota por 5-0 em partida válida pela Copa do Mundo de 2007: "Foi uma das minhas piores atuações. Naquele dia pensei que não estava preparada para as disputas internacionais. Toda a equipe tomou consciência de sua limitação". Seis anos depois, ela destaca: "O resultado foi importante. Vencer o Brasil nos mostrou que não há nada fora de nosso alcance".


A bela capitã Abby Erceg (foto) fez questão de destacar a evolução de sua seleção após o triunfo sobre o Brasil

  A jornada heroica das "Ferns" em território suíço continua nesta quarta-feira, quando elas disputam a grande decisão da Valais Cup contra a China, que bateu o México na outra semifinal por 1-0. A expectativa pelo triunfo das meninas neozelandesas é grande, o que consagraria o primeiro título de expressão do país na modalidade num nível superior ao continental.

  Fonte das Imagens: Stuff e Site Oficial da Valais Cup

domingo, 22 de setembro de 2013

Histórico: Ilhas Salomão e Taiti começam Mundial de Beach Soccer com o "pé direito"; anfitriões já garantiram vaga.

  Por Rodrigo Augusto e João Victor Gonçalves

  Quem poderia pensar que as equipes da Oceania estreariam tão bem no Mundial de Beach Soccer do Taiti? Pois é, após quatro partidas, as campanhas de taitianos e salomônicos já podem ser avaliadas como históricas: enquanto os “Bilikiki” conseguiram uma importante vitória contra a Holanda e seguem com chances de classificação, os anfitriões taitianos já podem celebrar seu posto nas quartas-de-final.


Os "Tiki Toa" (foto) contam com o apoio de sua torcida na disputa deste Mundial

  O anfitrião Taiti estreou contra a seleção dos Emirados Árabes, que tradicionalmente alterna bons e maus momentos nos torneios internacionais organizados pela FIFA. Dessa forma, além do apoio da torcida polinésia para os “Tiki Toa”, não se poderia especular muito sobre a partida de estreia das duas seleções no certame.


A primeira adversária dos "Tiki Toa" foi a inconstante seleção dos Emirados Árabes Unidos (foto)

  Os torcedores presentes no aconchegante Stade de To’ata puderam acompanhar uma seleção taitiana muito aplicada taticamente, superior à seleção árabe, que se mostrou defensivamente frágil. Dessa forma, a supremacia taitiana foi evidenciada logo no primeiro período, que terminou com a vantagem dos locais por 2-0, gols de Raimoana Bennet e Tava Zaveroni.


O aconchegante Stade de To'ata (foto) será palco de todas as partidas deste Mundial de Beach Soccer

  No segundo período, a representação polinésia chegou ao terceiro tento com Li Fung Kuee, para delírio da torcida. Porém, quando todos imaginavam que a partida encaminharia para seu final com larga vantagem dos anfitriões, Al-Hammadi e Al-Kaabi diminuíram para os Emirados, dando contornos dramáticos ao confronto. Porém, para alívio do público local, os comandados de Angelo Schirinzi seguraram a vantagem mínima e garantiram a vitória.



Jogadores taitianos fazem sua tradicional dança típica antes da partida. Confira no vídeo acima

  Já a outra representante da Oceania no torneio, a seleção das Ilhas Salomão, enfrentaram um adversário teoricamente mais complicado que o superado pelos taitianos: tratava-se da Holanda, que surpreendera na disputa da EuroLiga, deixando pelo caminho a favorita e tradicional seleção portuguesa para assegurar uma inédita participação num Mundial organizado pela FIFA.


O selecionado das Ilhas Salomão (foto) espera obter a classificação e escrever seu nome na história do Beach Soccer mundial

  O fator negativo para o selecionado da Oceania era o pequeno tempo de preparação para a disputa do certame. Em virtude desse aspecto, o consciente treinador Gideon Omokirio apostou num esquema conservador para tentar surpreender a “Laranja Mecânica” das areias.


O consciente treinador Gideon Omokirio (foto) adotou um esquema conservador para enfrentar a Holanda

  Nos dois primeiros períodos, poucas chances concretas de gols foram vistas, o que fez com que a partida chegasse para seus 12 minutos decisivos com um surpreendente placar de 0-0. A partir daí, começou a brilhar a estrela dos “Bilikiki”.


Jogadores de Holanda e Ilhas Salomão posicionam-se para a execução dos hinos nacionais de seus países; confira no vídeo acima

  Joe Luwi e Nicholas Muri anotaram os tentos da histórica vitória salomônica, muito celebrada pelo elenco em sintonia com o receptivo público local. Uma boa parcela de responsabilidade do triunfo também é devida ao arqueiro e capitão Fred Hale que, com boas intervenções, garantiu que a meta salomônica não fosse vazada neste primeiro encontro.


Joe Luwi (11, centro) celebra seu gol no triunfo salomônico sobre a Holanda

  Na madrugada de sábado para domingo, as duas equipes voltaram à quadra do Stade de To’ata para a disputa de seus respectivos duelos válidos pela 2ª Rodada do Mundial. Enquanto os salomônicos teriam pela frente a forte seleção da Argentina, campeã sul-americana, os taitianos mediriam força com o organizado time dos Estados Unidos.


Talo (5, verde, Ilhas Salomão) disputa a bola com o arqueiro argentino Marcelo Salgueiro (amarelo) em lance "acrobático"

  Um belo entardecer foi cenário do encontro entre portenhos e “Bilikiki” nas areias da capital polinésia. O clima paradisíaco inspirou os comandados de Gideon Omokirio que, aproveitando seguidas falhas de marcação do sistema defensivo argentino e exibindo toda sua familiaridade com a areia, chegaram a abrir 4-1 no placar, gols de Talo (2), Laua e Luwi.


Robert Laua (foto) foi o autor de um dos cinco gols das Ilhas Salomão no duelo contra a Argentina

  Porém, a liberdade concedida pelo sistema defensivo salomônico a Ezequiel Hilaire e Lucas Medero foi decisiva para a remontada argentina. Com grande atuação dos dois atletas, a representação sul-americana chegou à vitória por 8-5. Talo, grande destaque dos “Bilikiki” na partida, marcou o quinto tento dos oceânicos numa belíssima cabeçada que encobriu o arqueiro Salgueiro, em lance que serviu de consolo para a torcida taitiana, claramente favorável aos vizinhos neste duelo.


Samson Takayama (verde, esquerda, Ilhas Salomão) "decola" em disputa de bola com Sebastián Larreta (celeste, Argentina)

  Horas depois, seria a vez dos “Tiki Toa” entrarem em quadra dependendo apenas de si para garantir a classificação. Os 4 mil ingressos disponíveis para o confronto contra os “Yankees” foram vendidos, o que gerou uma atmosfera poucas vezes vista em eventos esportivos na Polinésia Francesa. Aos gritos de “Allez Tahiti”, os comandados de Schirinzi entraram em quadra motivados e dispostos a retribuir o carinho da apaixonada torcida.


Liderados pelo capitão Bennett (primeiro à direita), "Tiki Toa" agradecem o apoio da torcida presente no Stade de To'ata

  Numa mostra de sua intensidade ofensiva, os “Tiki Toa” abriram 2-0 de vantagem logo no primeiro período, graças aos gols de Li Fung Kuee e Bennett. No segundo período, Tchen despachou o esférico contra o próprio patrimônio e descontou para os americanos; porém, Taiarui recolocou a vantagem polinésia na casa dos dois tentos.


Tearii Labaste (vermelho, Taiti) tenta acertar uma bicicleta em disputa de bola com Jason Leopoldo (2, branco, Estados Unidos)

  A exemplo do que ocorrera na estreia, os momentos finais da partida foram marcados por um decréscimo físico dos polinésios, o qual foi efetivamente aproveitado pelos estadunidenses. Chimienti e Pereira fizeram os gols que resultaram no empate de 3-3, o qual prevaleceu até o término dos 36 minutos regulamentares.



Confira o VT do encontro entre Taiti e Estados Unidos

  Com isso, a disputa do “ponto-extra” foi para a prorrogação. Caso os taitianos vencessem o confronto, somariam 5 unidades na tabela geral e garantiriam a vaga por antecipação. Neste cenário decisivo, brilhou a estrela de Patrick Tepa: com dois gols no minuto final, o camisa 6 dos “Tiki Toa” levou ao delírio a torcida local, assegurando o posto da seleção anfitriã nas quartas-de-final.


Patrick Tepa (foto) fez os dois gols salvadores que garantiram a classificação antecipada dos polinésios


  As duas seleções voltam à quadra na madrugada de segunda para terça-feira (horário de Brasília): às 00h30, as Ilhas Salomão enfrentam El Salvador, em confronto do qual o vencedor garantirá vaga nas quartas-de-final; às 02h00, Taiti e Espanha duelam pela liderança do Grupo A.

  Fonte das Imagens: FIFA, OFC e SIFF

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Confira a preparação dos "Bilikiki" das Ilhas Salomão e dos anfitriões taitianos para o Mundial de Beach Soccer 2013!

  Por Rodrigo Augusto


  Com a Copa do Mundo de Futebol de Areia da FIFA prestes a se iniciar em Papeete, capital taitiana, as seleções oceânicas participantes finalizam sua preparação com muito treinamento e a disputa de amistosos que servirão para seus treinadores definirem a equipe ideal para o torneio.



Eis o belo logo do Mundial de Beach Soccer 2013

  A expectativa para o certame é evidente no Taiti: pela primeira vez, o arquipélago recebe um Campeonato Mundial organizado pela FIFA e aposta nos bons resultados obtidos em sua pré-temporada para conseguir uma participação histórica. Após sua passagem pela Europa, os “Tiki Toa” voltaram suas atenções durante a última semana com treinos bastante fortes em dois períodos para estrear com tudo no certame.

O belo estádio de To'ata sediará todas as partidas deste Mundial de Beach Soccer

  No último dia 6, Os “Tiki Toa” realizaram seu primeiro teste nessa nova fase de Treinamentos. O amistoso foi contra a atual campeã sul-americana, a Argentina. As expectativas para a partida eram as melhores possíveis: mesmo com a relativa inexperiência internacional dos polinésios na modalidade, o “fator casa” e os resultados recentes apontavam o Taiti como candidato à vitória.

O bom selecionado argentino (foto) foi batido pelo bravo esquadrão taitiano

  No início do confronto, os donos da casa adotaram uma postura defensiva; porém, com o passar do tempo, a equipe se lançou ao ataque com maior frequência. Após 36 minutos de muita emoção e um forte entrosamento por parte dos taitianos, a equipe da Oceania saiu de quadra com um importante triunfo por 6-4. O grande destaque do time foi sua postura coletiva, que rendeu elogios ao selecionado por parte do experiente goleiro argentino Marcelo Salgueiro.

Assista aos melhores lances da vitória dos "Tiki Toa" sobre os "Hermanos" argentinos

  No último sábado (14), os “Tiki Toa” voltaram ao Stade de To’ata, em Papeete, para um duelo regional diante da Austrália, país que não se classificou ao Mundial na disputa das Eliminatórias Asiáticas.

Ouça "Tu'e Popo", a canção oficial da Copa do Mundo de Beach Soccer 2013

  Antes do encontro, houve uma grande festa com direito a apresentação do popular grupo local de dança “Heiva i Tahiti”. Os  artistas apresentaram uma coreografia vencedora de um concurso nacional, a qual contou com a participação de mais de 100 artistas polinésias. Após o show, a bola finalmente rolou na capital taitiana.

Assista à cerimônia de abertura do Mundial de Beach Soccer 2013 realizada antes do amistoso entre Taiti e Austrália

  Com a bola rolando, a continuação do show ficou por conta dos atletas taitianos, que não deram chances aos australianos, vencendo os “Socceroos” por um convincente placar de 9-2. Com este placar, os “Tiki Toa” chegam com muita moral e confiança para a competição, que se inicia para a equipe na madrugada de quinta para sexta, às 2h da manhã (horário de Brasília), quando o selecionado anfitrião enfrentará o bom time dos Emirados Árabes Unidos, em partida que contará com a arbitragem do brasileiro Felipe Varejão.

O capitão taitiano Raimana Li Fung Kuee (7, foto) celebra seu gol contra a Austrália

  A outra representante da Oceania no certame, a Seleção das Ilhas Salomão, também já está na reta final de sua preparação para a disputa do Mundial. Recentemente, a equipe disputou as Eliminatórias da OFC contra Nova Caledônia e Vanuatu, competição da qual se sagrou campeã, o que lhe garantiu o posto na principal competição da modalidade.

O experiente selecionado salomônico (foto) disputará seu quinto Mundial consecutivo

  Após o torneio, o time teve uma semana de férias e retornou suas atividades, com a intensificação dos treinamentos e a disputa de um amistoso contra a Ucrânia, que também disputará o Mundial.

Os irmãos Patrick Marie (esquerda) e Robert Laua (direita) são destaques dos "Bilikiki"

  O amistoso contra os ucranianos foi realizado em território polinésio na última sexta-feira (13). O jogo foi o primeiro após o desembarque dos “Bilikiki” em solo taitiano e serviria para o que o treinador Gideon Omokirio pudesse colocar em quadra a provável equipe que estreia diante da Holanda no próximo dia 20.

O treinador salomônico Gideon Omokirio (foto) confia na capacidade de seus atletas

  A respeito da partida, os europeus mostravam-se mais entrosados. Vindos de uma frustrante 7ª colocação na Euroliga de Beach Soccer, a representação do Leste Europeu buscava a recuperação contra o selecionado oceânico.

Selecionado salomônico (foto) desembarcou confiante e a caráter em Papeete

  Após 36 minutos de disputa, uma justa vitória foi obtida pelos ucranianos sobre os “Bilikiki” por 6-3. Apesar da derrota, o comandante salomônico avaliou como positiva a partida, mostrando-se crente no potencial de seus atletas. A favor dos salomônicos está a experiência internacional, já que este será o quinto Mundial consecutivo do qual a equipe participará.

Lance do amigável entre Ucrânia (amarelo) e Ilhas Salomão (laranja)

  O Taiti, país-sede do certame, faz parte do Grupo A, ao lado de Espanha, Emirados Árabes Unidos e EUA. Já as Ilhas Salomão estão no Grupo B, ao lado de Holanda, Argentina e da boa seleção de El Salvador.

Jogadores taitianos (foto) fazem ritual tradicional de dança antes de mais um desafio

  Na expectativa de fazer uma boa apresentação frente seus torcedores, o Taiti se preparou de maneira exemplar para a competição, conquistando resultados positivos. Com o apoio de seus fanáticos, a equipe tem tudo para conseguir uma participação histórica no Mundial. Porém, a jornada do esquadrão polinésio não deve ser fácil, já que os adversários serão a ascendente Espanha, que se coloca como futura rival da Rússia na busca pela hegemonia europeia, o tradicional time dos EUA, que busca surpreender a crítica e ficar com a vaga, e a surpreendente Seleção dos Emirados Árabes, que é presença constante nos torneios da FIFA.

A tradicional seleção salomônica (foto) espera fazer valer sua experiência internacional nas areias taitianas

  Já a Seleção das Ilhas Salomão tem uma tarefa mais complicada: o time teve um tempo inferior de preparação para o certame, começando seus trabalhos a partir da metade de Julho com os treinamentos para a disputa das Eliminatórias da Oceania. Além disso, os “Bilikiki” terão pela frente a aguerrida Argentina, atual campeã sul-americana, o bom time de El Salvador, que terminou o último mundial na 4ª colocação, e a Holanda, que estreia no Mundial desde que a competição passou a ser tutelada pela FIFA. A “Equipe Do outro lado da Bola” estará atenta a tudo o que acontecer nas areias taitianas e espera que vocês, nossos fieis leitores, apoiem os selecionados oceânicos nesta emocionante competição!

  Fonte das Imagens: OFC e FIFA