sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Não foi dessa vez! Auckland City perde para Kashiwa Reysol e se despede do Mundial de forma precoce

  Por João Victor Gonçalves


  Fazendo sua terceira participação em Mundiais de Clubes, o Auckland City não conseguiu repetir o desempenho de 2009, quando alcançou o 4º lugar, e acabou sendo eliminado precocemente da competição nesta quinta-feira. Atuando no Toyota Stadium pelas oitavas-de-final da competição, a equipe neozelandesa bem que se esforçou, principalmente no segundo tempo, mas não foi capaz de superar o atual campeão japonês, Kashiwa Reysol, sendo derrotado por 2-0.


Guerrao tenta chegar à bola após lançamento de Pritchett, mas sofre marcação de Tanaka


  A partida não foi um espetáculo de técnica e habilidade, com a superioridade do Reysol sendo demonstrada nos primeiros minutos em chegadas esporádicas, como a de Masushima, aos quatro minutos, que encontrou na intervenção salvadora de Ian Hogg seu final pouco favorável aos japoneses.


Sakai, um dos melhores jogadores do Reysol, sofre marcação de Dickinson


  Durante os 30 primeiros minutos, os comandados de Nelsinho Baptista não mostraram o mesmo futebol que lhes garantiu o título da principal competição japonesa, a J-League, e pouco ameaçaram a meta de Spoonley. Mas a situação se inverteu em apenas três minutos, que selaram um final triste para uma preparação de três meses dos jogadores do City rumo à competição intercontinental.


Kondo (Kashiwa) barra atleta do Auckland


  Aos 37, Tanaka fez boa jogada individual pela ponta esquerda, entrando na área e, quando todos esperavam um cruzamento, sua perna esquerda disparou um chute forte, cruzado, que decretou a abertura de placar em Toyota. O gol animou a equipe de amarelo, que passou a buscar ampliar sua vantagem de maneira mais incisiva e consolidar sua classificação às quartas-de-final.


Tanaka comemora o gol do Kashiwa Reysol ao lado de seus companheiros


  E o prêmio para os homens do Reysol veio três minutos após o tento inaugural: após cobrança de escanteio de Leandro Domingues, o cabeceio de Sakai não encontrou o gol, mas, no rebote, Kudo teve a frieza para, num chute colocado, aumentar a vantagem dos anfitriões. O placar de 2-0 abalou os neozelandeses, que apenas viram os japoneses administrarem sua vantagem até o intervalo.


Exposito tenta rematar em uma das raras chances ofensivas do Auckland City


  No segundo tempo, o Auckland City voltou disposto a conseguir seu gol de honra, e mostrou maior ofensividade, principalmente após a entrada do costarriquenho Luis Corrales. A primeira grande chance veio num chute de Exposito, que passou sobre a meta de Sugeno.


Acirrada disputa de bola entre atletas das duas equipes


  Porém, a ofensividade dos "kiwis" exigiram boas intervenções de Sugeno antes do apito final: a primeira veio em uma belíssima cobrança de falta de Dave Mulligan, na qual o esférico foi desviado a escanteio por meio de uma plástica defesa de mão trocada do arqueiro japonês; instantes depois, uma cabeçada à queima-roupa de Vicelich só não selou o objetivo do City graças ao rápido reflexo do goleiro do Kashiwa Reysol, um dos grandes destaques de sua equipe na noite.


Exposito se esforça, mas não consegue alcançar a bola


  Com o decorrer dos minutos, o Kashiwa Reysol passou a administrar sua vantagem, buscando manter a bola sob seus domínios, esperando apenas o apito final de Nicola Rizzoli. Como o Auckland não demonstrou perigo nas jogadas ofensivas nos últimos minutos, o duelo se encaminhou para seu final com uma classificação relativamente tranquila dos atuais campeões da J-League, que agora enfrentarão os mexicanos do Monterrey nas quartas-de-final da competição.


Um dos melhores jogadores do Auckland City na partida, Berlanga disputa bola com Sakai


  Após a partida, o comandante eliminado, Ramón Tribulietx, declarou: "tivemos um bom desempenho, embora o resultado não seja o que gostaríamos. Foi uma boa experiência para meus jogadores, que estão acostumados a jogar em ligas amadoras e podem aprender muito com competições desse nível", completou o comandante espanhol numa clara referências às condições semi-profissionais da ASB Premiership e da O-League.


Confira os gols da vitória do Kashiwa Reysol na bela narração de Jorge Iggor, do Esporte Interativo


  Para finalizar, Tribulietx disse: "tivemos alguns problemas com bolas paradas no primeiro tempo, mas penso que resistimos bem. No segundo tempo, tivemos mais chances, mas infelizmente não fomos recompensados com o gol. Mas podemos vir aqui novamente no próximo ano, com mais experiência".


Exposito (esquerda) e Vicelich não conseguem esconder seu desapontamento após a derrota


  Em seu único duelo no Mundial de Clubes de 2011, o Auckland City foi a campo com: Spoonley; Vicelich (C), Berlanga, Hogg e Pritchett; Feneridis (Corrales), Mulligan, Andreu Guerrao, Riera (Koprivcic) e Dickinson (Tade); Exposito. O comando foi de Ramón Tribulietx. A partida foi assistida por 18.754 pessoas no Toyota Stadium, em Toyota. A arbitragem foi do italiano Nicola Rizzoli, auxiliado pelos seus conterrâneos Renato Faverani e Andrea Stefani.


Apesar da eliminação precoce, o Auckland City representou de forma honrosa o futebol neozelandês e oceânico


  Agora os neozelandeses voltam suas atenções para a ASB Premiership, Liga Neozelandesa na qual são líderes com 100% de aproveitamento, e para a O-League, competição na qual também ocupam o posto maior de sua chave, com duas vitórias em dois jogos.


  Confira as estatísticas do duelo:



Kashiwa Reysol
Estatísticas
Auckland City FC
17
Chutes
12
4
Chutes a Gol
5
2
Gols
0
19
Faltas Cometidas
11
10
Faltas Sofridas
18
7
Escanteios
2
2
Impedimentos
3
0
Gols contra
0
1
Cartões Amarelos
0
0
Cartões Vermelhos
0
28
Tempo de bola em jogo (min)
28
50%
Posse (%)
50%


  Fonte das Imagens: Getty Images, AP e AFP

Nenhum comentário:

Postar um comentário