quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Confira aqui uma avaliação da participação do Auckland City no Mundial!

  Por Rodrigo Augusto



 Lá se vai uma semana após a equipe do Auckland City ser eliminada precocemente do Mundial de clubes da FIFA, e as lembranças do duelo começam a se “apagar” na mente dos amantes do futebol. Mas, com todas suas limitações, os “kiwis” deixaram boa impressão, principalmente pela atuação no segundo tempo na partida contra o Kashiwa Reysol, fazendo com que uma análise do duelo seja válida de lembrança por parte do “Do outro lado da Bola”!

Relembre, em High Definition, os gols do duelo entre Kashiwa Reysol e Auckland City

  Inicialmente a zaga foi muito sólida e compacta, conseguindo ser penetrada somente aos 36 minutos de jogo. Basicamente é um dos dois pontos fortes da equipe: os alas não apoiam com tanta freqüência, mas também tem sua missão de contenção; os volantes são grandes responsáveis pela marcação na equipe e ajudaram bastante. O principal problema deste grupo de jogadores é que se cansaram no segundo tempo e diminuíram sua função apoiadora.

Ao final dos 90 minutos, a festa foi dos japoneses. Foto: Tribuna do Norte

  Os meias responsáveis pela criatividade da equipe da Nova Zelândia deram mais sustos no Kashiwa apenas na segunda etapa para o time adversário. O ataque passou a competição em branco, já que a equipe se concentrava mais em se defender para não correr tantos riscos, fazendo com que os atacantes só conseguissem se soltar no segundo tempo, com um placar reverso.

Disputa de bola no duelo entre Auckland City e Kashiwa Reysol. Foto: ESPN

  Abaixo, confira análise de cada jogador e sua respectiva nota atribuída pela “Equipe Do outro Lado da Bola”:

Spoonley: é um grande goleiro para os padrões do futebol da Oceania. Merecia, inclusive, estar figurando em convocações da seleção, visto que tem mais talento que o reserva da seleção, Moss. A sua atuação no jogo foi especial, agarrou bolas ariscas que poderiam ter ocasionado em outros gols dos japoneses. Nota: 7,5.

Hogg: o jogador mostrou ter suas qualidades, mas seu futebol ficou restrito apenas a algumas jogadas de bolas áreas. Terá que evoluir se quiser ambicionar algo mais no futuro. Nota: 5,5.

Berlanga: uma das revelações do clube da Nova Zelândia. Um dos melhores em campo, teve uma belíssima atuação, cortando várias bolas alçadas na área do clube, sendo muito participativo e às vezes arriscando jogadas no ataque. Nota: 8,0.

Berlanga foi o principal destaque defensivo do Auckland no Mundial de Clubes. Foto: FIFA

Pritchett: James Pritchett, atleta que já defendeu a seleção nacional e às vezes é lembrado por Ricki Herbert nas suas chamadas para amistosos, teve papel fundamental na partida, mas poderia ter sido um pouco mais decisivo. Nota: 6,0.

Mulligan: homem das bolas paradas do time, levou perigo ao adversário, inclusive com uma excelente cobrança de falta na qual levou muito perigo ao goleiro Sugeno. Além disso, sua postura tática é essencial para a “espinha-dorsal” da equipe. Nota: 7,5.

Exposito: a válvula de escape da equipe. Apesar de já ter passado dos trinta e de ter uma atuação ofuscada no inicio do duelo, o espanhol que já atuou do lado de Messi se recuperou, e, nos poucos momentos de ataque do Auckland mostrou ter talento e arriscou alguns chutes à meta adversária. Sua atuação foi prejudicada pela falta de criação da equipe, tendo que criar praticamente sozinho as jogadas ofensivas. Nota: 7,5.

Esperava-se mais de Manel Exposito neste Mundial de Clubes. Foto: FIFA

Feneridis: mostrou ter qualidade, mas ainda tem um futebol “acanhado”. Escondeu-se por trás dos meias e pouco participou da equipe, até que foi substituído no segundo tempo aos 3 minutos de jogo. Nota: 5,5.

Corrales: o jogador costarriquenho tem a malícia dos futebolistas da América: entrou e deu boa cancha ao setor ofensivo da equipe. Poderia ter estado em campo desde o início já que é o camisa 10 da equipe, porém, por opção do treinador Ramón Tribulietx, começou no banco. Nota: 7,0.

Dickinson: teve seu papel fundamental na detenção do ataque japonês, mas ficou omisso em alguns lances, nos quais poderia ter tido um melhor aproveitamento nas jogadas. Não desequilibrou na partida, mas não comprometeu sua equipe. Nota: 6,5

Corrales deu maior movimentação ao ataque do Auckland na segunda etapa. Foto: FIFA

Tade: o argentino entrou na metade do segundo tempo e teve pouco tempo para mostrar seu futebol aos olhos do mundo. Mas, no tempo em que ficou em campo, mostrou raça. Nota: 6,0

Vicelich: o veterano atleta é um exemplo de aplicação e esforço em prol da sua equipe. Na partida, jogou em alguns momentos como lateral, em outros como volante e até como meia de criação. Se falta fôlego, sobra raça e disposição! Um dos destaques da equipe, ainda renderá dois ou três anos de bom futebol para os padrões oceânicos. Nota: 8,0.

Riera: joga bem, possui visão de jogo, mas errou em alguns lances bobos, cometendo faltas duras e desnecessárias. Todavia, sem seu futebol a equipe teria perdido em marcação. Nota: 6,0.

O capitão Vicelich liderou o Auckland City em sua participação no Mundial de Clubes 2011. Foto: Haveeru

Koprivcic: ainda jogou menos tempo que Tade, entrando no duelo para ser o recordista de participação em Mundiais de Clubes FIFA, já que essa foi sua quarta participação (jogou duas edições pelo Waitakere United e outras duas pelo Auckland). Teve pouco tempo para exibir seu futebol. Nota: 5,5.

Andreu: ficou muito isolado na frente, praticamente não relou na bola. Dependendo muito da criação de Exposito, o atacante ficou esquecido no meio da zaga nipônica. Nota: 5,0.

Ramón Tribulietx: o jovem treinador tentou fazer o que pôde, mas errou em pequenos fatores que concluíram na vitória do rival, como ao colocar o meia Corrales apenas na segunda etapa, visto que o costarriquenho tem talento de sobra para ser titular. Faltou ousadia à equipe, que se preocupava muito em se defender e poderia atacar mais do que simplesmente nos momentos em que o jogo já estava praticamente perdido. Nota: 6,0.

Tribulietx não foi tão feliz em suas decisões nesse Mundial. Foto: Goal.com

  A chance do retorno do Auckland City para um Mundial de Clubes se dá por meio da O-League, competição que você acompanha aqui no "Do outro lado da Bola". A equipe mantém uma campanha com 100% de aproveitamento na competição, com 2 vitórias em 2 jogos, além de ostentar a liderança da ASB Premiership, a Liga Neozelandesa. Independentemente da 7ª colocação no Japão, a participação já é um prêmio para estes atletas que tem papel fundamental no desenvolvimento do futebol em terras neozelandesas.

Um comentário:

  1. Pena que o Auckland City caiu no primeiro jogo. Mas, pelo segundo tempo que fizeram, mereciam ter conseguido o empate ao menos.

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