terça-feira, 27 de março de 2012

Kiwis representarão mais uma vez a Oceania nas Olimpíadas; Vanuatu encerra Pré-Olímpico com honroso 3º lugar

  Por Rodrigo Augusto



  A Nova Zelândia está mais uma vez com o passaporte carimbado rumo a mais uma edição das Olimpíadas! Porém, o sofrido triunfo dos “All Whites” mostrou o equilíbrio do futebol continental, provando que as seleções da Oceania estão tendo certa evolução nas competições locais. Prova disso é Vanuatu, que conseguiu o terceiro lugar de forma honrosa na disputa.

Jogadores de Vanuatu perfilados para a execução do hino nacional vanuatuano

  O público ainda chegava às arquibancadas quando rolou a bola para Papua Nova Guiné e Vanuatu, jogo válido pela disputa do terceiro lugar da competição. Para Vanuatu, a conquista do bronze era uma “chance de ouro” de a seleção conseguir se destacar no cenário oceânico; para Papua Nova Guiné, o jogo representava a honra do tradicional quadro papuásio na competição.

Disposição foi a palavra-chave no duelo entre Vanuatu (amarelo) e Papua Nova Guiné (vermelho)

  Com tamanha disposição por parte das seleções, o jogo começou a “mil por hora”: as duas equipes buscavam mostrar que a decisão do bronze não era um mero “jogo de despedida”, mas sim a oportunidade de deixar a competição com todos os méritos possíveis e imagináveis. Contando com o favoritismo, os papuásios eram apontados pela crítica esportiva para uma vitória no duelo contra os “Yellow Boys”.

Tristeza de atleta papuásio contrasta com a alegria, ao fundo, dos atletas vanuatuanos

  Na primeira meia hora de jogo, Vanuatu explorou as jogadas de contra-golpes, suportando a forte pressão papuásia. Aproveitando uma das poucas brechas da defensiva vermelha, Jean Kaltack fez o único gol da partida, aos 38 minutos, garantindo o inédito bronze para os “Yellow Boys”. Embora pareça insignificante em termos da vaga olímpica, a conquista desse posto assinala uma revolução no futebol tuvaluano, que já pode ser apontado (mais por suas últimas exibições do que pelo seu histórico) como uma potência regional.

Tim Myers (Nova Zelândia, preto) disputa bola aérea com Jone Salauneune (Fiji, preto)

  No aguardado duelo entre Nova Zelândia e Fiji, o domínio dos “Kiwis” era esperado antes da partida. Todavia, o quadro fijiano mostrou que a habilidade típica dos garotos alvinegros pode sim leva-los a alguma conquista nos próximos anos e, mesmo não obtendo a vaga, transformou a classificação dos neozelandeses numa árdua tarefa.

Arqueiro Mateisuva (Fiji) faz boa intervenção, evitando cabeceio de Galbraith (Nova Zelândia)

  Fiji dominou a posse de bola durante boa parte do jogo, mostrando um sistema defensivo compacto e um ataque consistente nas jogadas de velocidade, que levaram perigo à meta neozelandesa, principalmente nos primeiros minutos de jogo.

Gregg Draper (9, Nova Zelândia) celebra o gol que garantiu a vaga dos "Kiwis" em Londres

  Porém, aos 17 minutos, um pênalti foi anotado para os “All Whites”, sendo convertido cerca de 60 segundos depois por Gregg Draper. O gol trouxe certo abalo psicológico aos fijianos, que foram dominados até o final da primeira etapa.

Uniformizados "a la 'All Blacks'", atletas neozelandeses comemoram vaga olímpica no Futebol Masculino

  O ímpeto ofensivo dos fijianos após o intervalo foi aniquilado pelo forte sistema defensivo neozelandês, ponto forte da equipe de Ricki Herbert durante toda a competição. Dominando a posse de bola, os “All Whites” só tiveram o trabalho de tocar o esférico e esperar o tempo passar para comemorar a vaga olímpica.

Confira os melhores momentos da partida entre Nova Zelândia e Fiji

  Com o passaporte carimbado rumo a Londres, cria-se a expectativa da atuação do futebol neozelandês na competição esportiva mais importante da história moderna. Caso repita as mesmas atuações que lhe garantiram o posto na Inglaterra, os “All Whites” terão muitas dificuldades contra possíveis potências internacionais. A atual geração, estrelada por nomes como Louis Fenton, Dakota Lucas e Musa, promete ser a melhor da história do futebol neozelandês, mas, para encantar o país e o mundo, necessitará de uma atuação honrosa nos Jogos Olímpicos, algo que certamente não ocorreu durante os quatro jogos dos “Kiwis” em Taupo.


  Fonte das Imagens: OFC

Um comentário:

  1. Show de bola essa campanha de Vanuatu! E a Nova Zelândia teve que suar muito pra conseguir a vaga dessa vez!

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