Terminou ontem mais uma edição da Copa do Mundo Sub-17 organizada pela FIFA, que teve o México como grande campeão. Todavia, as equipes da Oceania também participaram do certame, realizando boas campanhas. O “Do outro lado da Bola” traz para você um pouquinho da jornada dos garotos neozelandeses antes e durante o torneio.
Os primeiros passos
O desafio da jovem seleção da Nova Zelândia no dia 10 de janeiro de 2011, quando a equipe estreou no qualificatório de sua região com uma vitória sobre Vanuatu por 5 x 1. Dois dias depois, os jovens garotos do técnico Aaron Mcfarland encontraram muito mais dificuldade frente à promissora seleção de Fiji e venceram com um 1 x 0 apertado.
A seleção fijiana "engrossou o caldo" ante os neozelandeses
E a maratona da Nova continuou no dia 14, contra a frágil e inexperiente seleção de Samoa Americana, apontada por muitos como a pior seleção de futebol do mundo (muito disso se deve pela derrota de 32 x 0 frente à Austrália, que agora figura na Ásia). Embora o favoritismo estivesse todo ao lado dos “all whites”, os 4 x 0 apontados no placar final decepcionaram grande parte da imprensa e torcida.
Mesmo goleando a Samoa Americana por 4-0, os "all whites" ficaram aquém das expectativas
A campanha na primeira fase terminou no dia 16, no North Harbour Stadium (que abrigou todos os jogos do torneio qualificatório), ante Papua Nova Guiné. A vitória por 3 x 0 atendeu aos anseios da torcida, com um bom futebol apresentado.
A competição “relâmpago” terminou com uma final envolvendo os campeões da cada grupo, que daria ao vencedor o direito de representar a Oceania no Mundial da categoria. Com uma vitória por 2 x 0 sobre o Taiti, os “kiwis” confirmaram a boa fase e o favoritismo, carimbando o passaporte rumo ao México.
A vitória sobre o Taiti coroou o trabalho dos "kiwis" no Sub-17 da OFC
Goleada frente o desconhecido Uzbequistão no primeiro desafio
A estréia dos oceânicos no mundial foi no dia 19 de junho, na cidade de Torreón, contra os jovens garotos do Uzbequistão, que estreavam em mundiais da categoria.
A partida, como se imaginava, foi marcada por muito nervosismo por parte de ambas as equipes. Além da idade e do peso de defender uma seleção num torneio do patamar de um mundial, o fato de o mundo estar com os olhos voltados para os embates da torneio parece ter afetado as duas seleções. No começo muitos erros de passe e faltas duras. Porém, o cenário mudou logo aos 10 minutos da etapa inicial, quando o meia Stephen Carmichael deu o ar da graça no confronto, abrindo o placar. O mesmo Carmichael voltou a deixar sua marca aos 36 minutos ainda da etapa inicial. Buscando uma reação, o Uzbequistão descontou três minutos depois, por intermédio de Timur Khakimov, indo o duelo com o placar favorável aos neozelandeses: 2 x 1.
A cidade de Torreón foi o palco da surpreendente goleada neozelandesa
O intervalo fez bem aos “kiwis” e coube a Stephen Carmichael, no início do segundo tempo, anotar o seu terceiro gol na partida, sob a ovação da torcida, que aplaudiu o primeiro hat-trick do torneio. Ainda teve tempo para o quarto gol da seleção oceânica, anotado por Jordan Vale aos 42, que definiu o placar final na “cancha” do Santos Laguna.
Tchecos quebram a magia dos "kiwis"
Depois do intervalo,os oceânicos vieram com outra filosofia de jogo, atacando mais o adversário. Porém, o arqueiro tcheco Zima defendeu tudo, garantindo o mesmo placar da
etapa inicial e o triunfo de sua equipe.
Bonito gol de Julis garantiu o triunfo tcheco
Empate morno ante os "yankees" garante vaga
A primeira fase terminou na cidade de Pachuca, no dia 25, com um jogo envolvendo duas ex-colônias britânicas: Estados Unidos e Nova Zelândia. O jogo começou da maneira que o público presente no estádio esperava: ataque dos americanos , com os yankees chegando à meta dos adversários com certa facilidade. No primeiro tempo, os americanos ameaçaram com algumas jogadas de bola área, mas não conseguiram assinalar seu tento.
No segundo tempo, com a expulsão do americano Pelosi, o jogo ganhou em lentidão, já que o empate garantia as duas equipes na próxima fase. Com isso, os times apenas administraram o resultado, que se encaminhou até o último silvar do apito em Pachuca.
Empate morno garantiu as vagas de Estados Unidos e Nova Zelândia
Porém algo curioso aconteceu: as duas equipes empataram não só no gramado, mas também em todos os critérios de desempate. A saída encontrada para o desempate foi o sorteio para definir quem ocuparia qual posição no grupo e os neozelandeses não obtiveram sucesso, terminando na terceira colocação e passando para a próxima fase pelo índice técnico, tendo que enfrentar o Japão nas oitavas.
Nova Zelândia faz história, mas sofre ataque "kamikaze" nas oitavas
O primeiro tempo se desenvolveu da melhor maneira possível para os asiáticos: os oceânicos se seguraram bem até os 20 minutos da etapa inicial, quando o Japão abriu o placar com Hideki Ishige. O próprio Ishige ampliou logo aos 22, o que abateu os neozelandeses. A consequência desse choque psicológico viria aos 31 minutos, quando Hayakawa anotou o terceiro e aos 41, quando o zagueiro Colvey fez contra, deixando uma missão impossível para o treinador Aaron Mcfarland resolver: motivar a equipe para o segundo tempo.
Na etapa complementar, os neozelandeses até vieram com uma postura tática diferente, mas o Japão anotou mais dois, aproveitando brechas no sistema defensivo kiwi, com Minamino aos 11 minutos e Hayakawa aos 35. O placar só não foi maior graças aos próprios
jogadores japoneses, que se pouparam visando o duelo da próxima fase.
Japoneses massacraram os "kiwis" nas oitavas-de-final: 6-0
Análise do "Do outro lado da Bola"
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