O futebol feminino australiano vive o dia mais importante de sua história nesse domingo!

  Zebras. Palavra no plural que classifica, no futebol, times que não eram cotados como favoritos, mas que conseguiram surpreendentes vitórias. Esse é o adjetivo que grande parte da imprensa dá às "matildas", como são conhecidas as jogadoras de futebol feminino da Austrália, principalmente após eliminarem a poderosa Noruega e darem trabalho às brasileiras no Grupo D do Mundial de Futebol Feminino de 2011. Todavia, uma palavra pode resumir o que foi a jornada das australianas até aqui: competência.
  Competência que esteve do lado das brasileiras no duelo de estreia das garotas da Oceania quando Rosana, com seu tiro certeiro, fez o gol que definiu o placar final. A sorte também não estava auxiliando as "matildas" que, embora dispostas taticamente de maneira exemplar pelo técnico Tom Sermanni, viram, numa bola mal afastada, o sonho de um ponto contra as "brazucas" ir por água abaixo.

A sorte esteve ao lado das brasileiras no duelo contra as "matildas"

  A palavra competência não esteve em voga no segundo duelo da equipe: a falta desse substantivo fez com que a árbitra Gyoengyi Gaal não desse um escandaloso penal para as australianas após a zagueira Bruna, da Guiné Equatorial, ter agarrado a bola na grande área. A falta do termo também foi característica da defensiva australiana: na pior atuação das meninas de amarelo até agora no torneio, coube a Leena Khamis, Emily Van Egmond e Lisa de Vanna a missão de garantir a vitória frente uma seleção africana que não encantou nesse Mundial: 3-2 apertado, em um jogo que entrou para a história pelos erros cometidos.

Lance absurdo caracterizou o duelo entre Austrália e Guiné Equatorial

  Mas o ápice do competente (e não "azarão") time australiano ocorreu no duelo contra a Noruega. Demonstrando um invejável poder de reação, a equipe soube lidar com o gol tomado logo no início do segundo tempo e, com uma brilhante atuação de Kyah Simon, autora dos dois gols da virada, a Noruega amargou sua primeira eliminação na fase de grupos de um Mundial. As "matildas" já haviam entrado para a história!
  Porém, neste domingo, um novo desafio é lançado: será que as oceânicas (com uma pitada de "asiáticas", já que disputam as Eliminatórias pela AFC) conseguirão passar pela forte equipe sueca? Mais uma vez, os prognósticos dizem que as escandinavas terão o favoritismo: além de terem conseguido a primeira colocação do Grupo C, com três vitórias em três jogos, no confronto contra as australianas, as suecas levam vantagem: foram cinco vitórias, contra apenas uma das rivais; no duelo mais lembrado, no Torneio Olímpico de Atenas, 2-1 para as nórdicas.

O grande feito das australianas foi a vitória contra a favorita Noruega: 2-1, de virada

  Se as "matildas" aceitam o rótulo de "azaronas" ou não, poucos saberão. Mas a condição de poder desbancar mais uma seleção favorita pode fazer a Austrália se orgulhar de suas atletas, além de escrever seu nome entre as melhores equipes do mundo no futebol feminino.