sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Favoritos começam com o pé-direito no Grupo A do Futebol Feminino nos Jogos do Pacífico!

  Por Rodrigo Augusto



  Na última semana teve início o Torneio de Futebol Feminino dos Jogos do Pacifico. Os jogos do Grupo A da competição foram disputados no Estádio PLGC, em Nouméa, capital da Nova Caledônia. Neles, as prováveis favoritas às vagas do grupo saíram na frente das demais equipes da chave.
  Na rodada inaugural do torneio estiveram em campo Papua Nova Guiné e Taiti.  No inicio do jogo, as papuásias saíram pressionando a equipe da Polinésia, aproveitando o fato das francófonas terem uma deficiência técnica um pouco maior que seu esquadrão. Dessa forma, a seleção taitiana buscava se defender e aproveitar os contra-ataques.

A seleção do Taiti posa pra foto antes do jogo

  Nessa toada, o primeiro tempo se desenrolou com poucas chances de gol para ambas as equipes, que buscaram se estudar e procurar brechas nos sistemas defensivos rivais que pudessem ser fatais.
  No segundo tempo a partida continuou sem muito interesse de ambas as equipes, com chances isoladas de gol, quase sempre favoráveis à seleção de Papua Nova Guiné, que mostrava certa habilidade nas suas jogadoras de frente.

As papuásias vieram trajadas a rigor para o duelo

  Com o passar do tempo, as papuásias conseguiram impor seu ritmo de jogo e o gol, enfim, surgiu aos 30 minutos, com Miriam Louma provando seu faro de gol, O tento deu números finais ao jogo, que se mostrou positivo para Papua somente pelos três pontos.
  No outro jogo do grupo A, se enfrentaram as donas da casa, a seleção da Nova Caledônia, contra a seleção favorita a uma das vagas do grupo, a das Ilhas Salomão.

Wahnawe, grande destaque da equipe da Nova Caledônia, em primeiro plano

  O jogo começou com as caledônias pressionando e, surpreendentemente, o primeiro gol surgiu aos 17 minutos de jogo, com Celine Xolawawa aproveitando belo cruzamento e completando de voleio para abrir o marcador. No restante do primeiro tempo, as salomônicas tentaram sair para o jogo, mas esbarravam na forte marcação dos locais, fazendo com que o score de 1-0 fosse mantido até o intervalo.

As capitãs das duas equipes antes do encontro

  No segundo tempo, o segundo gol das locais veio como um balde de água fria para a seleção de Ilhas Salomão: logo aos 3 minutos o tento surgiu, com Christine Wahnawe escorando para o fundo do gol.

A seleção caledônia surpreendeu as favoritas "kyrios"

  Ainda deu tempo para as “cagous” assinaram o terceiro e definitivo gol do duelo: aos 30 novamente Wahnawe balançou as redes, mostrando certo entrosamento com a bola nos pés e se tornando a melhor do jogo, garantindo o placar final do encontro em solo caledônio.

As salomônicas não viram a cor da bola, literalmente

  Na segunda rodada do grupo, no jogo preliminar da rodada ocorreu um embate interessante: Papua Nova Guiné, que havia estreado com vitória no torneio frente ao Taiti, enfrentou a seleção da Samoa Americana, que é considerada uma das seleções mais fracas do mundo por sofrer grandes goleadas em ambas as categorias do futebol.

A arqueira Sopoaga teve muito trabalho durante o jogo

  A partida mostrou o cenário que todos esperavam: um jogo de ataque contra defesa, já que as papuásias de longe pareciam ter mais intimidade com a bola nos pés que as rivais, que parecem ter mais habilidade no Rúgbi, o principal esporte do País.
  A grande diferença técnica entre as equipes ficou clara logo no primeiro minuto de jogo: após uma falha grotesca da arqueira rival, a bola sobrou limpa nos pés de Sandra Birum que abriu a contagem. O segundo tento veio aos 29 minutos com Sandra Birum, novamente mostrando seu faro de gol após confusão da zaga Samoana. Estava tão fácil que o terceiro surgiu ainda aos 29, com Ramona Morris, que não deu chances de defesa para a goleira Sopoaga.

Outra saída da corajosa Sopoaga

  Mesmo tirando o pé do acelerador, pois ainda havia todo o segundo tempo pela frente, as papuásias aproveitaram-se da fragilidade das adversárias para fazer seu quarto gol no jogo, graças ao gol contra da atleta da Samoa Americana.
  No segundo tempo, mesmo com o placar já consolidado, a equipe da Papua consolidou um placar elástico no seu segundo jogo no torneio: o quinto gol saiu logo no primeiro minuto, com a capitã Miriam Lanta, que contou com um desvio para matar a goleirona Sopoaga, que sentia um desânimo maior a cada gol sofrido.

As meninas da Samoa Americana não foram páreo para as papuásias

  O sexto gol surgiu menos de 3 minutos depois, com Deslyne Siniu empurrando livre para o fundo do gol. A partida estava tão fácil que nem a comissão técnica de Samoa Americana se preocupava em gritar: a única coisa que pediam era para o time tentar sofrer o menor numero de gols possíveis, evitando que o vexame fosse ainda maior.

A comissão técnica da Samoa parecia conformada com o resultado

  Mas as samoanas não conseguiram! O sétimo gol veio aos 32 quando, em uma falha típica de futebol amador: Janie Mori ficou cara a cara com a goleira rival e só teve o trabalho de escolher um canto e correr para o abraço. Fechando o caixão das meninas da Samoa Americana, o oitavo e último gol do jogo saiu aos 49 minutos, por intermédio de Ara Midi.

Frente um bom público, Nova Caledônia e Taiti não abriram o marcador

  No outro jogo do grupo, Nova Caledônia e Taiti não saíram do zero. O duelo foi marcado por muitas faltas e erros de passes, o que fez os técnicos das equipes ficarem irritados a cada minuto. Ambas as equipes têm de melhorar muito, principalmente na finalização, já que os gols perdidos nas raras chances em que criaram é um ponto a ser destacado. Sem dúvida, qualquer chance convertida nos próximos duelos pode garantir três pontos às equipes e assegurar um lugar na próxima fase!

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